SAÚDE. Muito “lero”, secretário ausente e o que já se sabe: falta leito para atenção básica. Já o Regional…

Representante da Secretaria Estadual de Saúde, presente aos atos de intervenção na gestão regional do setor, nesta quarta-feira, deixou claro: embora o Estado mantenha a ideia de entregar a gestão do Hospital Regional para a Ebserh, como deliberaram os secretários municipais e o Conselho Regional de Desenvolvimento, ainda haverá a análise das propostas feitas por outros hospitais, por inspiração de prefeitos contrariados com a decisão.

Isso vai empurrar para outubro uma DEFINIÇÃO a respeito. Logo, não será para já que o Hospital Regional estará disponível para uso e, quem sabe, minorar a dificuldade de leitos para o Sistema Único de Saúde, hoje o grande problema para, entre outros, o prefeito Cezar Schirmer, que acompanhou os trabalhos da equipe da capital, que “baixou” em Santa Maria.

Aliás, o que mesmo se tratou? E que deverá prosseguir, com a permanência, na comuna, de um alto funcionário da secretaria de Saúde? Confira no material originalmente publicado na versão online do jornal A Razão. A foto é de Deivid Dutra. A seguir:

“O pedido dos municípios é para retomar a rede hospitalar de apoio…

…A anunciada intervenção do Governo do Estado na Saúde ficou muito mais na conversa do que na ação. Nesta quarta-feira, uma equipe destacada pela Secretaria Estadual esteve em Santa Maria reunida com gestores e técnicos dos 32 municípios que compõem a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). O encontro ocorreu na sede administrativa da CRS, na Rua Duque de Caxias, junto à Fadisma, e foi comandado pela coordenadora da Assessoria Técnica de Planejamento da Secretaria Estadual de Saúde, Aglae Regina da Silva, e pelo diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA), Alexandre Machado de Britto.

Os representantes do Governo no Estado vieram a Santa Maria para apresentar um projeto de planificação da atenção básica na região da 4ª CRS, mas voltaram para a Capital com outras demandas. A principal delas: mais investimentos na Saúde. A rede hospitalar de apoio precisa ser retomada, com a oferta de mais leitos de média e alta complexidade. Só com novos contratos com o Hospital Alcides Brum e com o Hospital Casa de Saúde, além de outros hospitais na região, que atendem a especialidades, é que a sobrecarga no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) será amenizada. Porém, para isso, é preciso dinheiro.

“Todos sabemos da situação pela qual o Estado está passado. Dentro disso, vamos tentar viabilizar recursos. Os municípios têm prioridades. Nós vamos avaliá-las e tomar as medidas necessárias”, explicou a coordenadora da Assessoria Técnica de Planejamento da Secretaria Estadual de Saúde, Aglae Regina da Silva.

“O nosso problema não é a atenção básica, mas, sim , a falta de leitos”, reforçou o prefeito Cezar Schirmer, que fez questão de participar da reunião nesta quarta-feira.

PRÓXIMOS PASSOS

Parte da equipe da Secretaria Estadual de Saúde retornou para Porto Alegre, mas o diretor do DAHA, Alexandre Machado de Britto, permaneceu em Santa Maria para, justamente, dar início às negociações com os hospitais e as secretarias municipais de saúde da 4ª Região. Em até dez dias um novo encontro deverá ser realizado na cidade para tratar da rede hospitalar e da atenção básica. O projeto do Governo do Estado é que Santa Maria seja o ponto de partida de um projeto-piloto para a otimização dos serviços prestados no atendimento primário.

Já o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo dos Reis, que não veio a Santa Maria pois estava em Brasília, comprometeu-se a tentar acelerar, junto ao Ministério da Saúde, as tratativas para que o Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo seja habilitado para prestar atendimentos de alta complexidade na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).”

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