ELEIÇÕES. Campanha (minimamente competitiva) para a Prefeitura não custará menos de R$ 1 milhão
Para elaborar essa análise/opinião, o editor consultou três fontes: um dirigente partidário e dois profissionais que já se envolveram diretamente na dinâmica de uma campanha eleitoral. O trio é experiente de pelo menos três empreitadas do gênero. Um deles, inclusive, já “fez” pelo menos meia dúzia.
E o sítio reconhece: levou um susto. O primeiro ouvido, de pronto, ao ser questionado sobre o custo de uma candidatura com potencial vencedor, deixou claro: se valessem os critérios dos últimos pleitos, melhor nem tentar sem a convicção de que serão necessários R$ 2 milhões.
Os outros dois concordaram. Mas fizeram uma ressalva: será uma eleição diferente. E não por que separada quatro anos da anterior e com candidatos diferentes – com as exceções prováveis de Jorge Pozzobom, do PSDB, e Tiago Aires, do PSOL, que entram na segunda disputa).
O que há, agora, é uma legislação que tem tudo para ser mais restritiva, inclusive com a redução do trololó eletrônico de 45 dias para um mês e, sobretudo, pelas condições econômicas do País e, em consequência, dos habituais financiadores de campanha, na medida em que a iniciativa privada é que bancará a quase totalidade dos gastos.
Mesmo assim, e aí houve unanimidade, ninguém tem dúvida: por menos que se gaste, e até considerando (caso de dois dos ouvidos) a militância gratuita, com menos de R$ 1 milhão a candidatura pode ser bancada. Mas sem chance qualquer de vitória.
Aliás, foi de bem perto do milhão a campanha de uma das candidaturas de 2012. Que não ganhou. Quase metade foi gasta no rádio e na televisão. E essa é uma despesa que, mesmo com cortes e adequações e já contando com a redução do tempo, tende a não se modificar. Um trocão que não inclui uma série de outros gastos obrigatórios, como combustível, secretaria, folheteria, etc, etc e muitos etceteras que compõem uma estrutura mínima daqueles que entram no jogo com possibilidade de vitória.
Resumo da ópera: 1) mesmo considerando candidaturas menores e sem chance efetiva de vitória, não será menor que R$ 10 milhões dispendidos por todos os que imaginam concorrer no próximo ano. Atenção, e só para prefeito. E 2) de onde sairá essa dinheirama? Isto é, há financiadores de campanha suficientes para obter esses recursos, ainda que parte possa vir dos fundos partidários?
Pooois é.
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