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Não sei (me) planejar! – por Carlos Costabeber

Já passei por muitas crises econômicas, sendo a última, a de 2008/9.  Mas penso que nenhuma será maior e mais longa do que essa, já que inclui uma variável ainda mais terrível: a política. O Brasil está literalmente vivendo a chamada “tempestade perfeita”, em decorrência de uma gestão pública irresponsável ao longo do tempo (no caso do Rio Grande, foram 40 anos em que se gastou mais do que arrecadou).

Frente a esse cenário, dou-me conta da importância de se planejar, de se ter um “plano B” e um “C” para as eventualidades da vida. Até porque, o país tem um histórico de crises periódicas, motivadas por fatores internos e externos. Então, deveríamos estar vacinados contra essas tempestades previsíveis, sempre com alternativas para qualquer emergência.

Mas nós, brasileiros, por uma questão cultural, somos muito ruins em planejamento. Já diz a música do Chico Buarque, “Amanhã será outro dia”, dando a ideia do quanto pensamos só no curto prazo, como se os imprevistos, os problemas e as crises só acontecessem com os outros. É o que falo para os acadêmicos, que não têm planos para o futuro profissional. E a maioria, hoje, está saindo das universidades sem perspectivas de emprego. É muito triste, infelizmente !

Por isso, depois de apanhar no passado com tantos pacotes econômicos e hiperinflação, defini uma máxima para questões que envolvam riscos (as chamadas “variáveis incontroláveis): sempre procuro estar preparado para a “pior hipótese”. Não posso ser surpreendido, por alguma decisão ou situação, que venha prejudicar a minha empresa ou a vida pessoal. Devemos estar preparados para diferentes cenários, mesmo que as projeções não assinalem para situações de risco.

E esse descaso com o futuro, está levando milhares em empresas a fecharem suas portas, e centenas de milhares de profissionais a perderem o emprego. Uma verdadeira hecatombe econômica, humana e social. Todos agora tem de correr atrás de outras alternativas de vida, que já deveriam ter sido previstas. E de nada adianta “culpar a crise”, pois tudo já levava a crer que os tempos de tranquilidade iriam acabar mais cedo ou mais tarde. Esse é o preço para quem não aprendeu a planejar o futuro.

 

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