Pergunta. O PT ganhou o direito de se queixar a Lula ou este pode ‘encolher’ espaço da sigla
Há duas verdades possíveis para a questão imposta pelo título. E ambas, penso eu, têm validade.
De um lado, se impondo com uma candidatura, a de Arlindo Chinaglia, mesmo diante do fato de que Luiz Inácio Lula da Silva preferia Aldo Rebelo para presidir a Câmara dos Deputados, o PT mostrou força suficiente para arreganhar os dentes e ir ao Planalto em busca de mais espaço.
De outro, o Presidente da República, que preferia Aldo mas se acomodou à idéia da vitória de Chinaglia, recebe de graça um argumento que, para ele, é fundamental: o PT já tem poder que chega, afinal está com as Presidências da República e da Câmara (segundo cargo na ordem de sucessão). E, portanto, não é o número (nem a qualidade) de ministérios que vai significar fortaleza maior à sigla.
Pois é. Pois é. Trata exatamente deste drama a reportagem de Valdo Cruz, Kennedy Alencar e Iuri Dantas, jornalistas da Folha de São Paulo, e que está publicando a Folha Online, o braço de internet do jornalão paulista. Vale a pena conferir. Mesmo que seja para não concordar. A seguir:
Lula deve encolher espaço do PT no governo
Em conversas reservadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a vitória de Arlindo Chinaglia (PT) na eleição para presidente da Câmara lhe permitirá diminuir o espaço do PT no ministério e nas estatais em benefício dos aliados. O partido, porém, resiste e, em público, deseja ampliar seu espaço. Nos bastidores, luta para que não seja reduzido.
Segundo relato de um auxiliar do presidente, Chinaglia no comando da Câmara fará com o que o PT seja menos contemplado no governo. A Folha apurou que Lula tem dito que “partido que tem presidente da República e presidente da Câmara tem de ser mais generoso”.
Em contrapartida, o presidente pretende usar a montagem do ministério para curar as feridas deixadas pela disputa da presidência da Câmara. Reconhece que precisará compensar o bloco composto por PSB, PC do B e PDT, que apoiou a postulação do comunista Aldo Rebelo (SP).
Em tom de brincadeira, Lula minimizou o problema ontem antes da votação. “Um pouco de mercúrio resolve todos os problemas”, disse o presidente em rápida entrevista na porta do Supremo Tribunal Federal pela manhã. Sinalizou sua preferência por Chinaglia ao defender a tradição de que o maior partido leva a presidência da Câmara – nem sempre respeitada. “Essa é uma prática histórica que não foi quebrada, nem no regime militar. E ela é saudável para que haja um aumento do respeito entre os partidos políticos”, afirmou Lula
SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página de Brasil, da Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u89237.shtml.
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