Vento cortante. Tirando o jogo de cena, não há quem a queira, de fato. Nem a oposição
Faz três semanas que se colhem assinaturas para requerer a instalação da CPI da Navalha. Ou a, como dizem alguns, do vento cortante. No meio da semana passada atingiu-se o número mínimo na Câmara dos Deputados (173 – eram necessários 171), e já se alcançara, há bom tempo, o quorum do Senado, 29 (27 seriam suficientes).
Impõe-se a pergunta: por que não foi apresentado, ainda, o requerimento, adiando-se a medida para agora, no meio desta semana? Uma resposta, aquela que todos estão dando, é óbvia: o número ainda é ralo, e o governo já sabe que, tão logo seja apresentada, pelo menos 15 nomes serão retirados pelos autores e, portanto, a CPI vai irremediavelmente para o arquivo.
Aliás, é exatamente isso que vai acontecer (embora não fosse, e você já conhece minha opinião a respeito, desejável). Mas esta é apenas uma das respostas. A outra é que, não obstante o jogo de cena, nem mesmo a oposição está interessada nisso – exceção feita aos articuladores, que são minoria em seus próprios partidos, e ao PSol.
Creia, até mesmo os numericamente expressivos oposicionistas, DEM e PSDB, não se esforçam nadinha para apoiar oficialmente a Comissão. E são poucos seus parlamentares a terem assinado a proposta. E por que, hein? Hein? Boa pergunta. E essa é a resposta que talvez fosse interessante ser dada numa boa CPI funcionando.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a nota Por que a CPI não vai pra frente, assinada por Felipe Recondo e publicada na página de Ricardo Noblat na internet.
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