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Memória. Bispos em defesa de Dom Ivo. E contra a “segunda morte”, desferida por Veja

A estúpida nota da Veja, que denegriu a memória de Dom Ivo Lorscheister e conseguiu deturpar a própria história recente do pais (que ela conhece bem, logo não tem mesmo desculpa), ainda rende. Agora, é o Observatório da Imprensa, que estuda a mídia, que publica artigo assinado por três prelados dos mais importantes do País. Eles comentam o que a revista publicou e também falam da importância efetiva do bispo emérito de Santa Maria, falecido no último dia 5.

 

Como curiosidade, vale dizer que, entre os que apõem sua assinatura ao documento, está Dom Odilo Pedro Scherer. O atual secretário geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil teve confirmada pelo Vaticano, nesta quarta-feira, sua nomeação para o Arcebispado de São Paulo, em lugar de Dom Paulo Evaristo Arns, um contemporâneo de Dom Ivo. Quem também assina o artigo que você lê a seguir são os bispos Dom Geraldo Majella Agnelo e Dom Antonio Celso de Queirós. Confira:

 

“DOM IVO LORSCHEITER (1927-2007)
A segunda morte do bispo, em Veja

 

Dom José Ivo Lorscheiter, bispo emérito da diocese de Santa Maria (RS), ex-secretário-geral e ex-presidente da CNBB, por 16 anos, faleceu no dia 5/3/2007. Pastor dedicado ao povo, ele doou sua vida pela Igreja e pelo Brasil em momentos difíceis da nossa história recente.

 

Assistimos nestes dias, após sua morte, a uma apresentação de sua memória através dos meios de comunicação; o livro de sua vida vem mostrando páginas que o dignificam. Seus méritos são confirmados por todos aqueles que o conheceram de perto e privaram de sua amizade; por aqueles que têm senso de justiça e verdade.

 

Dom Ivo contribuiu para a solidificação da colegialidade episcopal e valorizou a missão dos colegas bispos. Naquela hora do Brasil, foi a pessoa certa para a defesa dos direitos humanos e da dignidade da pessoa; seu testemunho de vida confirmou a certeza evangélica de que o maior é aquele que serve.

 

Dor e repúdio

 

No entanto, como acontece geralmente na biografia dos grandes pastores, não faltaram incompreensões e injustiças contra o seu testemunho. Não é justo dizer, como faz a revista Veja (edição 1999, de 14/3/2007, pág. 84), que Dom Ivo “politizou o Evangelho para o bem e para o mal”.

 

Sem meias palavras, a referida revista acusa o bispo de um crime: “O bispo também apoiou a criação de bandos armados que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, deram origem ao MST.”

 

Onde estão esses “bandos armados”? Qual foi o nome deles? Como se explica que o sistema de segurança da época não denunciou nem processou Dom Ivo? A quem interessa uma segunda morte de Dom Ivo Lorscheiter?

 

A CNBB sente profunda dor e manifesta seu firme repúdio às acusações infundadas contra Dom Ivo, exigindo da revista a justa reparação ao mal feito. [Brasília, 14 de março de 2007]…”

 

SE DESEJAR ler a íntegra clique aqui.

 

SE DESEJAR LER também a nota da CNBB, publicada neste site, clique aqui.

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