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Segundo mandato. Maior coalizão governista da história da República. Mas.. e a consistência?

Nunca, na história moderna brasileira, um Presidente da República conseguiu o que Luiz Inácio Lula da Silva está apresentando: um governo de coalizão com a participação de nada menos que 11 siglas partidárias. Ao ponto de, no Congresso Nacional, pelo menos numericamente, ter o apoio de mais de 350 deputados e 50 senadores.

 

Em tese, o Executivo conta com números suficientes para aprovar, com folga, até mesmo emendas à Constituição – que exigem 3/5 dos votos no Senado e na Câmara dos Deputados. É algo jamais visto na ainda jovem (mas nem tanto) República brasileira.

 

Qual o preço dessa grandiosidade? Não se sabe, ainda. Exceto que inimigos de ontem viraram amigos do peito de hoje. E a convivência tende a ser complicada, no mínimo. Ainda que, sempre é bom ressalvar, são dos os partidos que tendem a se tornar (se conseguirem se entender, o que é outra história) os pilares dessa coalizão: PT e PMDB, ou vice-versa. Os demais serão coadjuvantes. Mas há maiores e menores segundos nessa salada (não encontrei termo melhor, desculpa), e que ajudam a fazer uma confusão na cabeça dos (mais ou menos) puros.

 

É sobre esse conjunto de díspares apoiadores do presidente Lula que trata reportagem especial assinada por Alexandre Elmi, e que o jornal Zero Hora está publicando em sua edição deste domingo. Vale a pena acompanhar. A seguir:

 

“Todas as tribos de Lula

Com 11 partidos de todos os quadrantes da política brasileira, o presidente forma o maior governo de coalizão da história da República e obtém maioria esmagadora na Câmara e no Senado

 

Convidar para a mesma solenidade Paulo Maluf (PP), Luiz Marinho e Wellington Dias (PT), Walfrido Mares Guia (PTB) e Henrique Eduardo Alves e Hélio Costa (PMDB) não é mais um problema. É o que atesta a imagem que ilustra esta página, obtida pela Agência Estado durante a cerimônia de posse de três novos ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva, sexta-feira, no Palácio do Planalto.

Nunca na história da República tantos inimigos políticos se uniram tanto em torno de um governo como no segundo mandato de Lula. O presidente teceu uma aliança inusitada que dispensou pudores ideológicos para garantir apoio de 11 partidos, amparada por 359 dos 513 deputados federais e 50 dos 81 senadores.

Na metade dos primeiros quatro anos, o presidente já ensaiava a formação da maior coalizão desde a redemocratização do país. A crise do mensalão e a luta eleitoral de 2006 atrapalharam os planos. Com o desenlace da novela da reforma ministerial e a ampliação da fatia de poder do PMDB de três para cinco ministérios, o presidente concluiu a obra.

Agora, convivem lado a lado setores do PT que apóiam a reforma agrária, comunistas do PC do B, líderes do agronegócio, ex-integrantes da Arena – sustentáculo partidário da ditadura militar – e siglas envolvidas em escândalos recentes.

– Adotamos o método inverso. Antes, a frente foi formada a partir da busca de pessoas que tivessem a influência dos partidos para compor um governo de maioria. Agora, procuramos a direção partidária – diz o ministro da Justiça, Tarso Genro, um dos arquitetos da aliança.

Base é pouco sólida, diz cientista político

A solidez pretendida pelo governo é contestada por especialistas. Para o cientista político Murillo de Aragão, a lógica da afinidade repentina entre grupos com histórias distintas é movida por fisiologismo e conveniências mútuas. Se o Planalto depende dos partidos para ter estabilidade, os aliados se aproximam para se locupletar com cargos e verbas.

– A base é ampla, mas não é consistente para vôos mais altos. Se for votar a reforma da Previdência, por exemplo, racha, mesmo que as condições sejam mais favoráveis do que antes – afirma Aragão…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra clique aqui.

 

 

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