Coluna Observatório: “PDT pragmático”

A campanha dos candidatos, à Assembléia ou à Câmara, com base em Santa Maria é imperceptível. Ou invisível. As duas dúzias de pretendentes se comportam, literalmente, de forma conservadora. Se alguém aí viu um “santinho”, mande para o colunista. Afinal, trata-se de uma raridade.

Mas há uma exceção. Vicente Bisogno, candidato à AL pelo PDT, do ponto de vista visual, é o único a aparecer. Faz bandeiraços diários, mais ou menos discretamente (exceção feita ao da sexta retrasada e, talvez, nesta – após o fechamento da coluna). Não é para menos. A campanha solitariamente ostensiva de Bisogno é provocada pela consciência, no PDT, de que o jornalista-candidato é a salvação da lavoura (ou da sigla). Nenhum dirigente, em conversas privadas, esconde. O ex-candidato derrotado (duas vezes) à vice-prefeitura e em outras tantas para deputado é a grande chance de sobrevivência do partido do falecido Dr Leonel como protagonista na política local.

A convicção de que Bisogno precisa eleger-se para manter o PDT vivo é que, por exemplo, tornou o partido pragmático. Ao ponto de amarrar alianças várias com concorrentes a federal, na medida em que não há nome consistente por aqui. Por isso formou um conglomerado de forasteiros. Há desde o conhecido ex-secretário de Estado até o ignorado (pelo menos por cá) pelotense. E outros ainda são conectados para comboiar a candidatura do santa-mariense à Assembléia. O resultado é incerto. Mas, é óbvio aos líderes pedetistas de Santa Maria, trata-se da única alternativa. Além, claro, de madrugar. E isso eles estão fazendo.