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A FUSÃO. Na reta final da criação, o partido que sai de DEM e PSL ainda gera incertezas no Rio Grande

Alinhamento (ou não) com Bolsonaro devera definir o caminho dos militantes

Rodrigo Lorenzoni e Nereu Crispim são os líderes, hoje, do DEM e do PSL no Rio Grande do Sul (fotos Agência ALRS e Agência Câmara)

Reproduzido do Site do Correio do Povo / Texto de Mauren Xavier

A articulação nacional que deverá resultar na fusão entre o PSL e o Dem gera incertezas de como o casamento entre as duas siglas se dará no Rio Grande do Sul. Além disso, dependendo dos alinhamentos em relação ao governo de Jair Bolsonaro, é grande a possibilidade de que parlamentares venham a não migrar para a nova sigla. Além disso, nos bastidores, o clima é de que a união entre os partidos, ao invés de fortalecer uma sigla no campo da direita, pode acabar resultando em um partido sem força. 

Segundo o presidente estadual do PSL, deputado federal, Nereu Crispim, a união busca dar musculatura a um possível candidato majoritário em 2022. No Dem, por exemplo, há dois nomes citados como pré-candidatos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Apesar de reconhecer que ainda não há acerto sobre como se dará “a acomodação” local com a fusão, Crispim espera que todos os parlamentares permaneçam na sigla. “A ideia é manter todos”, apontou. Em 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro se elegeu pela sigla, o PSL assumiu quatro vagas na Assembleia e três na Câmara pelo RS, que aumentou uma vaga com a suplência de Onyx Lorenzoni (Dem), que está licenciado como ministro. 

Na prática, porém, essa migração de sigla não parece ser tão certa assim. Alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, o deputado estadual Tenente-Coronel Zucco adianta que caso a fusão não seja pró-governo Bolsonaro deverá seguir para outra sigla alinhada ao governo. No caso da Assembleia, os deputados do PSL têm alinhamento com o governo federal. No caso da bancada gaúcha na Câmara, o alinhamento também é forte com Bolsonaro. O deputado federal Bibo Nunes também direciona para o mesmo caminho. “Querem que eu continue no partido. Se não for a favor do Bolsonaro, eu saio”, pontua. Inclusive, ontem (quarta), ele teve reunião com o presidente do PSC, Marcondes Gadelha, e o presidente estadual, Bernardo Santoro.

No caso do Dem no Rio Grande do Sul o compasso também é de espera. O presidente estadual da sigla, Rodrigo Lorenzoni, filho do ministro Onyx Lorenzoni, diz que a tendência é que o processo de fusão evolua e, com isso, novos desdobramentos serão necessários, como as composições de diretórios. “A discussão, no momento, está sendo coordenada pelas executivas nacionais. Aqui, estamos no compasso de espera”, pontuou ele. Acredita que a unificação poderá resultar em um partido grande, porém, há preocupação em relação ao alinhamento. “O Dem historicamente é um partido de centro-direita. O PSL cresceu com o Bolsonaro na mesma linha. Acredito que se for uma união equilibrada, temos a possibilidade de ter um partido que possa influenciar na eleição (2022).” 

Atualmente, o Dem tem dois assentos na Assembleia. Porém, um dos integrantes, o deputado Thiago Duarte, já anunciou a intenção de deixar o partido. Enquanto isso, o deputado Eric Lins acompanha com preocupação as movimentações em torno da fusão. Na avaliação dele, o PSL foi um partido que cresceu muito rapidamente, impulsionado pela candidatura de Bolsonaro, e com políticos sem experiência na política, o que pode vir a ser prejudicial.

A união das siglas ganhou força nessa semana, após a executiva nacional do Dem encaminhar posição favorável à fusão. No início da próxima semana está prevista uma reunião da executiva do PSL e, em outubro, deverá ocorrer um encontro conjunto dos partidos, consolidando a união. Após, a tramitação é mais burocrática junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a consolidação da sigla, o que deve ficar para o início de 2022. 

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