Não custa lembrar. Se há um ano, ele sorria; hoje Lula pode dar sonoras gargalhadas
Confira a seguir nota publicada na madrugada de 14 de abril de 2007, um sábado:
Lula sorri. Oposição não consegue unir-se. Principais siglas só pensam na própria estratégia
Luiz Inácio Lula da Silva, já se disse (e escreveu) aqui, conseguiu o inimaginável: reuniu em torno de si nada menos que uma dezena de siglas partidárias. Da esquerda à direita, se é que os termos ainda cabem. Há espaço para todo mundo, num espectro que vai do PT ao PR, ou PP, para ficar nos extremos.
Pode-se discutir a forma, e ela não foi exatamente programática – apesar do esforço retórico dos aliados amealhados, sobram evidências de fisiologismo. Mas tem sido eficiente, ainda que dependente de testes mais consistentes.
PT e PMDB são os pontas de lança da coalizão, seguidos de longe por PSB, PC do B, PR, PDT e PP. E com a coadjuvância de siglas ainda menores, como PTB, PRB e PV. Tende a funcionar. Tende.
Que não se negue a Lula talento político. Afinal, conseguiu isolar um grande adversário, o PSDB, e ainda mantém cabeças de ponte com os tucanos, através dos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Também deixou de lado o PPS, menos por suas ações, mais por suas palavras. E deixou na berlinda…
Para conferir a íntegra da nota, clique aqui.
PASSADO EXATAMENTE UM ANO, Lula mantém a mesma aliança de então. Com uma diferença: tirando a vestal Fernando Henrique Cardoso e seus histriônicos aliados internos no tucanato, a começar pelo gritalhão Arthur Virgílio, os demais tucanos tratam bem a Lula. Inclusive em Santa Maria, onde o pré-candidato a prefeito, Jorge Pozzobom tem deixado clara a sua intenção de não fazer uma campanha anti-petista. Isso, mais 70% de popularidade, é suficiente para justificar o título dessa nota rememorativa. Ou não?
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