Segunda-feira, aulas normais na UFSM. Só não se sabe até quando
É isso. Ainda que rejeitando a proposta última do governo, enviada ao Congresso através de um projeto de lei a ser votado em regime de urgência, os professores da UFSM em greve decidiram acabar com o movimento paredista iniciado em 5 de setembro.
A decisão, por ampla maioria, se deu na tarde desta segunda-feira, em assembléia geral realizada no Campus, em Camobi, a que compareceram 93 docentes. Assim, o movimento terá completado, no dia 19, quando a normalidade volta, exatamente três meses e duas semanas.
A dúvida que fica é: e o calendário escolar da Universidade? Uma idéia que circulou no final de novembro indicava a possibilidade de as aulas iniciarem agora e serem paralisadas entre o Natal e o final do vestibular, retomadas no meio de janeiro e terminando no final de março. Haveria, então, um mês de férias e o primeiro semestre de 2005 seria iniciado em maio. Não há confirmação oficial dessa proposta. Qualquer uma delas, porém, passará pelo crivo do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSM a instância máxima a tratar de calendário escolar.
Os professores, além de pôr fim à greve, pretendem se reunir na quinta-feira, dia em que discutem e, provavelmente, apresentem a sua proposta de calendário a ser sugerida ao CEPE.
A seguir, leia a notícia sobre a assembléia que definiu o final do movimento. Ela foi distribuída esta tarde aos veículos de comunicação pela Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm):
Docente da UFSM rejeita proposta salarial,
mas aponta fim da greve para semana que vem
Com a presença de 93 docentes que assinaram a lista de presenças na tarde desta segunda, 12, no Auditório Sérgio Pires, campus da UFSM, foram aprovados os seguintes encaminhamentos em uma das assembléias mais curtas registradas durante a greve:
1) Reprovação ao projeto de lei do Ministério da Educação enviado ao Congresso Nacional, em função de que não foram atendidas às reivindicações das universidades em greve e encerradas as negociações unilateralmente pelo governo;
2) Saída unificada da greve para a próxima segunda, 19 de dezembro;
3) Nova assembléia geral na quinta, 15 de dezembro, para avaliação do calendário na UFSM. Esses três pontos foram aprovados por ampla maioria, sem voto contrário e com apenas seis abstenções.
A paralisação se encerra, conforme explicação do presidente da SEDUFSM, professor Carlos Pires, em virtude de que ficaram escassas as possibilidades de negociação salarial a partir do momento em que o governo enviou a proposta para o Legislativo.
Na avaliação do professor João Carlos Gilli Martins, do departamento de Matemática, é preciso enfatizar que a greve foi vitoriosa. Ele usa como termos de comparação o fato de que, quando o movimento grevista iniciou (entre final de agosto e início de setembro), o governo estava destinando R$ 300 milhões para ampliar os salários. Com o passar do tempo, mesmo alegando estar no limite financeiro, o MEC ampliou para R$ 500 milhões e, mais recentemente para R$ 650 milhões. Contudo, o professor faz questão de ressaltar que a lógica do projeto do MEC é uma espécie de privatização marrom por não respeitar princípios básicos como a isonomia e a paridade.
Os docentes voltam a se reunir na quinta-feira, a partir das 9h, no Auditório Sérgio Pires, para discutir uma proposta de calendário. Durante a assembléia chegaram a ser sugeridas algumas idéias pela plenária de que o calendário seja retomado somente a partir de 1º de fevereiro, mas essa concepção não está fechada.
Quanto ao fim da greve somente a partir de segunda, 19, a explicação é de que se possa ter uma orientação nacional à greve, para que a saída seja unificada e não cada Instituição sair individualmente.
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