ESQUINA DEMOCRÁTICA. Acúmulo de fatos ruins em Santa Maria. Fruto do acaso? Contingência histórica?
Garantidas as regras do sítio, de civilidade (a crítica pode ser forte ou não, mas sem ser ofensiva, por favor), você é que decide o assunto, afinal de contas. Ah, e o que está no título é somente uma sugestão. Nada mais.
AQUI NÃO TEM NOTA ALGUMA, SÓ O TEU COMENTÁRIO. APROVEITE!
O DESPREPARO DO ENTE PÚBLICO E A HIERARQUIA DAS MORTES NO RIO GRANDE DO SUL
A tragédia de Santa Maria – KISS, está em terceiro lugar no ranking do maior número de mortes da história do Rio Grande do Sul. O primeiro lugar nesta macabra competição está no epsódio conhecido como Potreiro das Almas, que ocorreu nas nas cercanias de Bagé, hoje em território do município de Hulha Negra, foram 300 mortes. Foi em novembro de 1893, após a Batalha do Rio Negro, quando da Revolução Federalista, logo após a Proclamação da República, e foi gerada pelos federalistas, que pretendiam “libertar o estado do Rio Grande do Sul, da dita tirania de Júlio de Castilhos, então Presidente do Estado.
Foi através da prática da degola dos prisioneiros e não foi rara em ambos os lados contendores, adquirindo o caráter revanchista. Surgia ali, então, a figura de Adão La Torre. As vitimas ficaram confinadas em um cercado, na realidade uma mangueira de pedra para o gado.
Mas em abril de 1984, no Combate do Boi Preto ocorre a degola de 250 maragatos em represália à degola do Rio Negro. O Pica Pau Cherengue ou Xerengue rivalizava com La Torre em número de degolas praticadas. Temos aí o segundo colocado nesta funesta disputa.
Muitas vezes a degola era praticada em meio a zombarias e humilhações. Embora não com freqüência, poderia ser antecedida por castrações. Na degola convencional a vítima, ajoelhada, tinha as pernas e mãos amarradas, a cabeça estendida para trás e a faca era passada de orelha a orelha, o lenço colorado. Os ressentimentos acumulados, as desavenças pessoais, somados ao caráter rude do homem da campanha acostumado a sacrificar o gado, tentam explicar estes atos de selvageria.
Em terceiro lugar, na disputa está a tragédia de Santa Maria – KISS, com 242 mortos, que foram vitimas de uma degola praticada pela omissão, negligência e ganância.
A degola era não só humilhação, mas um meio rápido de extermínio, assim como foram exterminados os jovens naquela noite fatídica.
Triste competição, triste história. Os dois primeiro lugares estavam em guerra, por ideais diferentes, mas em guerra.
Aqui, na terra de Imembuí, ao que se sabe guerra não havia, mas sim, uma competição de irregularidades, omissões e negligências, que culminaram em colocar nossa cidade no terceiro lugar deste ranking morticida Riograndense.
Mas, preparem-se, tremei, tenham medo, pois nos quatro cantos deste rincão sulino a adaga de La Torre segue afiada, e pelas mãos da justiça não poupará aqueles que colocaram nossa cidade neste patamar de carnificina, único na história, em que a adaga, é a omissão e a incompetência que matou os jovens naquela noite funesta.
O que o mundo não esqueceu alguns Santa-marienses fazer questão de não lembrar ou tentam ao menos minimizar os acontecimentos
Coisinha pouca, só 242 mortos, a maior tragédia do RS, bobagem, um churumela dos familiares é o que se houve por ai.
Em minha opinião a vereadora é a 244 vitima da Kiss, infelizmente decidiu por interesses pessoais ou empurrados por seus compromissos políticos, defender a quem não merecia, usando de artimanhas não recomendada a uma pessoa publica.
Com discurso bonito, que falava em paz e justiça, mas na pratica não era o que demonstrava. Talvez por ser pessoa de boa índole, seu coração não suportou
Acredito uma grande pessoa aos seus parentes e amigos que certamente sofrem uma grande perda, igualmente aos familiares da Kiss. Resta-nos orar por todos, porque até o momento nada foi feito para evitar novos acontecimentos.
A vida é cruel, muito mais do que nos sugere a ficção, e tragédias particulares ou coletivas acontecem o tempo todo. Não é isso que produz a aura negativa que envolve nossa cidade. O que deprime Santa Maria é a imobilidade e a sensação de injustiça, os crimes não elucidados ou não punidos, o desamparo de saber que as autoridades somente cultivam suas estratégias de poder, totalmente refratárias aos desejos do povo. Desde que chegue aqui, há mais de vinte anos, ouço comentários sobre a caveira de burro enterrada. Essa história de lugar “zicado” não passa (confirmem com qualquer administrador) de uma eterna desculpa para a má gestão pública.
“crime de 27 de janeiro de 2013, na boate Kiss, rua Andradas, centro de Santa Maria – a 300 metros da catedral, a 500 do Palacete da SUCV, e 800 da sede do parlamento da comuna”
Depois nada, absolutamente nada.
O alcaide, não teve a capacidade(e/ou coragem) de criar, uma comissão,para apontar, procedimentos, precações, para que este tipo de crime não volte a acontecer.
Nada, como citou o outro.
Autorização de ceifamento de 18 MIL arvores.
Nada, concertos nas vilas, Nada, concerto do calçadão.Absolutamente, nada.
AO LEITOR JACK:
O assunto proposto será encaminhado, na medida do possível. Grato pela dica!
Tirando a tragédia do começo do ano, não ocorreu nada de absurdamente anormal. Coisas tristes, sem dúvida, mas nada muito fora da rotina, infelizmente.
Faleceu uma vereadora, vítima de choque séptico. Mas não podemos, por exemplo, esquecer que um bebê morreu no HUSM infectado por uma bactéria resistente.
Uma bancária foi assassinada a tiros em Camobi. Mas há pouco tempo uma outra ex-esposa foi assassinada a facadas no mesmo bairro.
É possível citar muitos outros exemplos, mas o que aconteceu no começo do ano, sem dúvida, é o que ficará na história.
Fruto das pessoas daqui e da cultura bairrista que nós temos.