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Uma homenagem a Sérgio Dalton, com um texto do próprio

Confesso: nem sempre gostei de Sérgio Dalton Couto. Nada, absolutamente nada, pessoal. Falo de algumas opiniões de Sérgio Dalton – que morreu no início da noite de hoje, vítima, segundo consta, de complicações pós-poeratórias (estava fazendo uma cirurgia de redução de estômago).
      Mas reconheço nele um sujeito de idéias, e isso é tão raro encontrar. Mais raro ainda é ter alguém com idéias e capacidade para expô-las. E ele tinha, oh, se tinha. Um companheiro de profissão simplesmente brilhante – não obstante todas as muitas discordâncias. Para homenageá-lo (ele, agora mesmo, deve estar brigando com alguém, intelectualmente, onde quer que esteja), reproduzo, aqui (obrigado, Marlon Herath, pela dica), o “perfil” de Sérgio Dalton Couto, escrito pelo próprio, em seu site www.sergiocouto.prosaeverso.com:
     
      “Este site poderia se chamar O CANTADOR.
      Explico.
      Quando criança, cantei na Capela do Hospital de Caridade e no Colégio Santa Maria. Solei cantos de Natal e de amor a Deus.
      Adolescente, me refugiava nas noites de serenatas. ÀS vezes rindo, às vezes chorando. Mas sempre cantando.
      Encantei uma geração e embalei seus amores fazendo do
     rádio, da palavra, da
      música, veículos para que cada um sonhasse.
      Cantei a desgraça e o humor nas histórias que contava. Nem sempre apropriadas. Quase sempre na hora errada.
      Adulto cantei o Amor, acreditando que ele só é verdadeiro se for de total doação e de nenhuma cobrança. Cantei o diálogo e a compreensão. Cantei o carinho. Cantei o desprendimento e a atenção. Cantei o adivinhar que o amor exige. Quase sempre na hora errada.
      Hoje meu coração canta.
      O CANTADOR saiu de minh’alma.
      O CANTADOR sou eu.
      Espero que não mais na hora errada.
      Sergio Dalton Santos Couto

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