Aldo x Chinaglia. Grande, e ainda sem solução, enrosco do início do segundo mandato de Lula
A verdade é esta: Luiz Inácio Lula da Silva pensou, e agiu como se assim fosse acontecer, que o problema seria resolvido por inércia. Aliás, nem se imaginou que pudesse ser um problema. Mas é. E ficou dos grandões, o maior inclusive do início do segundo mandato. Se trata aqui, claro, da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. Que tem como contendores dois governistas: o comunista do B, Aldo Rebelo, e o petista Arlindo Chignalia.
É verdade que poucos cogitam uma hipótese do tipo Severino Cavalcanti, mas toma-se por inevitável o desgaste e até a possibilidade de uma terceira via mais, digamos, séria. Se ela, claro, não contemplar Fernando Gabeira, do PV, que afora notáveis adeptos midiáticos não chega a empolgar a maioria dos seus parceiros no parlamento.
Em todo caso, a três semanas e pouco de uma definição, enfim o governo começa a levar a sério a possibilidade de se enrolar na história. A ponto de, como relata o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, em sua página na internet, o ministro das Relações Institicionais, Tarso Genro ter convocado, e a pedido de Lula, em férias no litoral paulista, uma reunião para o fim da tarde desta segunda-feira. Dela participarão representantes de nada menos que uma dezena de partidos exatamente os que formam o Conselho Político e que, consta, dão sustentação ao governo no Congresso. Dê uma lida:
reúne aliados para tentar acordo na Câmara
Por determinação de Lula, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) convidou os presidentes dos partidos governistas para uma reunião no Palácio do Planalto. Será no final da tarde desta segunda. O objetivo é a busca de um acordo em torno da eleição para a presidência da presidência da Câmara, marcada para 1º de fevereiro.
Os governistas, como se sabe, estão divididos entre duas candidaturas – a Aldo Rebelo (PC do B) e a de Arlindo Chinaglia (PT). Na reunião, Tarso Genro tentará aferir qual dos dois tem mais votos entre os partidos que compõem o consórcio que se dispôs a dar suporte a Lula no Legislativo.
Convidaram-se para a conversa representantes das dez legendas que integram o chamado Conselho Político do governo: PT, PMDB, PTB, PP, PR (ex-PL), PSB, PC do B, PDT, PV e PRB. É a primeira vez que o grupo se reúne para discutir a pendenga da Câmara.
Em férias no Guarujá (SP), Lula ainda trabalha com a expectativa de obter um acordo depois do dia 20 de janeiro, quando retorna do litoral paulista. Daí o convite de Tarso Genro aos partidos. O ministro coleciona os dados que irão nortear a decisão do presidente.
O encontro desta segunda não terá um caráter deliberativo. Funcionará como mera consulta. Ocorre um dia antes da reunião em que o PMDB, maior partido da coalizão governista, irá decidir, no voto, a posição que pretende adotar na sucessão da Câmara.
Em privado, Tarso Genro diz que a decisão do PMDB terá peso decisivo no posicionamento do governo. Se for instado a antecipar a posição de seu partido, Michel Temer evitará, na reunião do Planalto, fazer prognósticos peremptórios.
Segundo confidenciou a seus companheiros de partido, Temer se limitará a discorrer sobre a tendência dos peemedebistas dos diferentes Estados. Dirá, por exemplo, que o petista Arlindo Chinaglia conquistou a simpatia das maiores bancadas: São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e os Estados do Centro-Oeste, por exemplo.
Mencionará também que Aldo é apoiado por um número menor de bancadas do PMDB. Temer sente-se seguro para mencionar, por exemplo, Alagoas e Maranhão. O cruzamento dos dados induz à conclusão que o…
SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.
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