“Prefiro ser faraó do que anacrônico”, diz Valdeci Oliveira

O jornal A Razão, em sua edição deste sábado, publica entrevista com o prefeito Valdeci Oliveira, feita pela repórter Elisa Pereira. Nela, o chefe do Executivo faz uma avaliação do primeiro ano de sua administração, e o compara com idêntico período de seu primeiro governo, no caso, 2001.

O prefeito se mostra satisfeito muito mais agora que há quatro anos. E ainda garante (em alusão a eventuais críticas recebidas há poucos dias) que os projetos “grandiosos” anunciados agora, no segundo semestre, faz uma crítica ao passado (onde, indiretamente, inclui o seu próprio primeiro mandato), ao dizer que a prefeitura “está pagando muito caro porque ao longo dos anos fez só o feijão com arroz”.

Valdeci também se refere à crítica segundo a qual os projetos seriam faraônicos. Ele não concorda, mas se ufana: “prefiro ser faraó do que um anacrônico que nada faça pela cidade”. Então, ta!

Leia, a seguir, trechos do texto publicado pelo jornal:

“Valdeci considera 2005 melhor que 2001
Prefeito acredita que desempenho do governo municipal foi superior no primeiro ano do segundo mandato
A experiência adquirida e condições administrativas e financeiras mais favoráveis são os fatores que tornaram, na visão do prefeito de Santa Maria Valdeci Oliveira (PT), o ano inicial do seu segundo mandato melhor do que o primeiro ano de gestão à frente da Prefeitura.
Na última quarta-feira, enquanto participava com a equipe do gabinete de uma avaliação do trabalho realizado em 2005, o chefe do Executivo Municipal falou sobre diversos temas para reportagem do jornal A Razão, inclusive comparou o primeiro ano dos seus dois mandatos.
“Em 2001 pegamos uma Prefeitura quebrada, falida, sem dinheiro, sem crédito, sem organização, sem estrutura e nós sem experiência. Acho que começamos 2005 com uma situação totalmente diferente. Lógico que a cobrança é maior, aumenta a nossa responsabilidade. Não tenho hoje uma pesquisa de opinião pública, mas se fosse fazer um levantamento de avaliação, comparando 2005 e 2001, tenho certeza que este ano teria uma aprovação favorável bem maior”, observa Valdeci.
O prefeito aproveitou para mandar um recado para aqueles que afirmam que alguns dos projetos anunciados pela administração municipal, a partir do segundo semestre deste ano, seriam grandiosos demais e de difícil implementação. Entre eles estão o do Shopping Popular e do Centro de Eventos. “Apesar de não concordar com a colocação de que são obras faraônicas, prefiro ser faraó do que um anacrônico que não faça nada pela cidade. Prefiro sonhar e buscar construir a partir desse sonho um projeto concreto para cidade que tenha início, meio e fim do que ficar no feijão com o arroz. Acho que a Santa Maria está pagando um preço muito alto porque ao longo dos anos fez só o feijão com arroz”, ressalta…
Relação com os vereadores
“A Câmara tem tido a sensibilidade de avaliar e discutir os projetos que não são do Valdeci nem do governo municipal, mas sim da cidade. Acho que todos os projetos do Executivo que estão no Legislativo, com exceção da Contribuição de Iluminação Pública, que é um pouquinho mais polêmica e exigirá primeiro uma maior discussão, deverão ser aprovados. O balanço que tenho da relação com a Câmara de Vereadores é altamente positivo. Nós do governo não podemos nos queixar pois todas as vezes que projetos de interesse público, de interesse da cidade foram lá discutidos acabaram aprovados pelos parlamentares”.
Taxa de iluminação pública
“É a única possibilidade que temos de ampliar para todos os cantos da cidade a iluminação pública, para conseguir que todos os postes tenham uma lâmpada para iluminar bem, garantir a segurança e ainda obter um visual bonito para cidade. Creio que a contribuição é muito pequena pelo alcance e importância que ela tem”.
Projeto do Túnel de Rio Branco
“Houve de fato uma pequena falha na elaboração do edital para seleção da empresa e por isso pedimos a sua anulação. Estamos agora abrindo um novo processo de licitação. Não iremos perder dinheiro nenhum já liberado para obra. Vamos buscar todas as formas possíveis par agilizar o processo. O túnel é uma realidade e nós não vamos abrir mão dele”.”