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Oposição manobra para dar traque na situação. É a eleição para a Mesa da Câmara

Há, quase, um conformismo entre os oposicionistas da Câmara de Vereadores. É muito remota (se é que existe) a possibilidade de uma reviravolta na eleição para a Mesa Diretora, que acontece na quinta-feira.

No entanto, em meio às votações que acontecem nesta terça – projeto do Centro de Eventos, reformulação da Lei Orgânica e do Regimento Interno e projeto da Contribuição para a Iluminação Pública – que por si só já contêm suficiente combustível para a polêmica, os edis ainda encontram tempo para se envolver na disputa que ocorre 48 horas depois.

Pelo que se pôde apurar, os que detêm o poder no Legislativo contam hoje com oito votos – os sete obtidos ano passado, mais o de Ovídio Mayer, recém chegado ao PTB. Com o que, a presidência do Parlamento será de Anita Costa Beber, do PP, conforme acordo firmado no final de 2004.

E onde reside a última esperança da oposição? Simples, na mudança de lado do pedetista Isaías Romero, aliás descartada pelo próprio, da tribuna, na semana passada, ou do neo-petebista Ovídio Mayer. Ambos, ao que se sabe, estão mais que fechados com o acordo que elegerá Anita. No entanto, são pressionados de todos os lados possíveis; até aqui, sem sucesso.

Perguntará o leitor-internauta: de que adiantará a troca de lado de qualquer dos dois, se o placar será sete a sete, o número de agremiações de cada chapa (primeiro critério de desempate) igual, e a idade (segundo critério) de Anita lhe dará a vitória sobre qualquer outro?

Este é o grande pulo do gato. Se conquistar mais um voto (e tem que ser de Romero ou Ovídio, desfalcando o total de siglas da situação), a oposição lançará mão de um estratagema (aceitável politicamente, embora eticamente discutível): um dos vereadores do PMDB, qualquer deles, entrará em licença, abrindo espaço para o suplente. Este, Manoel Badke, do PFL, daria a vitória à oposição, por uma sigla a mais.

Geeente!!! A briga pelo poder, definitivamente, torna as pessoas muuuuito criativas. E, às vezes, jogam qualquer pudor para as cucuias – rememore-se, há dois anos, a entrada triunfal no plenário de um debilitado Gilson Souza, apenas para ganhar um voto e desbancar o outro lado.

O mais interessante de tudo isso é que pode dar certo. Se houver o que (quase) sempre houve na Câmara: um ato de traição.

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