Mito? O italiano Antonio Meneghetti, misterioso homem do Recanto Maestro, na Quarta Colônia

Antonio Meneghetti. Um homem misterioso. Muuuuito misterioso. E que, para quem chegou perto do Recanto Maestro, em São João do Polesine, e não conseguiu ou não pode ou não deixaram entrar, é ainda mais misterioso.

Pode ser. Aliás, é. No entanto, não faltam ilustres visitantes ao local, palco de cursos e, também, hospedaria para gente muito conhecida e, por certo, mais acessível. Que não se negue a esse italiano de 70 anos o gosto por isso. Afinal, é muito difícil, senão impossível, a um jornalista conversar com ele.

Ceura Fernandes conseguiu. E mais: obteve revelações exclusivas. E as publica neste final de semana em material especialíssimo editado no jornal A Razão. São quatro páginas, com direito a uma entrevista “ping-pong” que, provavelmente, Meneghetti vai ler pela internet. Afinal, consta que esteja, neste momento, na Itália.

Acompanhe, aqui, parte do trabalho de Ceura sobre esse quase (ou totalmente) mito que paira sobre a Quarta Colônia e chama a atenção de muita gente. Inclusive, acredite, da Rússia. Confira:

”O líder é um portador de soluções

Alguma razão forte faz com que homens fortes, ou que querem ser fortes, procurem um italiano chamado Antonio Meneghetti. Querem estar com ele. Aprender com ele. Descobrir-se, através dele. Um mestre, espécie de sinalizador de possibilidades. São políticos, empresários, homens e mulheres de negócios ou não, que se envolvem e acreditam naquilo que o professor fala.

Vicente Bogo, enquanto vice-governador do RS, já reservava tempo para passar alguns dias no Recanto Maestro. O próprio governador Germano Rigotto, em sua recente vinda à Quarta Colônia, jantou com ele. Tarso Genro, de passagem pela região, se hospedou no local. Para citar apenas alguns líderes daqui que já descobriram as belezas do Recanto ou estão interessados no pensamento deste italiano.

Líder, para Meneghetti, é um portador de soluções. E talvez seja este o motivo que lideranças de expressão deixem seus compromissos e venham para cá a procura de soluções. Um dos grandes da área de alimentação larga sua carga de responsabilidades no centro do país e vem para os vales de Vale Vêneto, buscando idéias de resultado não apenas para sua empresa, que já é exitosa, mas, e principalmente, para sua vida.

Da Rússia, no último mês de março, chegou a Santa Maria um grupo de trinta estrangeiros, liderados pela Decano da Faculdade de Psicologia da Universidade de São Petersburgo, trazendo-lhe uma honraria de reconhecimento, por ocasião do seu aniversário, que ele comemorou aqui.

Aliás, há uma afinidade recíproca entre os russos e o professor Meneghetti, admitida por ele próprio e reforçada por Soraia Schutel, uma das administradoras do Recanto Maestro. Ela, que faz especialização em Ontopsicologia pela São Petersburgo, lembra que esta universidade, detentora de sete Prêmios Nobel, no momento está interessada em pesquisas nesta área.

Em âmbito local, na Quarta Colônia, prefeitos, lideranças e comunidade, depois de uma certa reserva com relação ao estranho que se instalava no Vale, agora fazem questão de reconhecer a importância deste personagem para o desenvolvimento da região.

A prefeita de São João do Polêsine, onde está inserido o agora chamado distrito Recanto Maestro, mantém com ele uma política de boa vizinhança. Também pudera: “Isto aqui virou um pólo turístico gerador de empregos, IPTU, ISSQN e desenvolvimento para o nosso município”, diz Valserina Gassen, lembrando: “Ele me disse em 94 que, durante 10 anos, veríamos obras sendo construídas aqui. E é o que estamos vendo”, constata feliz a prefeita. “O professor Meneghetti nos ensinou especialmente que nada se consegue sem muito trabalho”, diz ela. Talvez seja este um segredinho oportuno para ser lembrado aos brasileiros: que o trabalho ainda continua sendo um bom caminho para chegar ao sucesso.

Roberto Cervo, empresário de Faxinal do Soturno e atual presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão, sempre que pode, quando o maestro chega ao Recanto, lá está ele com quem diz ter muito a aprender. Faz questão de lembrar de importantes empresários que vêm em busca de orientações neste lugar.

Em Santa Maria sobrenomes conhecidos, empresas de porte, já deram um giro em suas vidas, dizem que em função de projetos estabelecidos dentro dessa linha de análise.

Mas, evidentemente que o italiano Antonio Meneghetti não concentra unanimidade em torno de si. Sua teoria é diferente e suas orientações não são de colocar panos quentes. Como o leitor poderá constatar na entrevista, não é modesto – e poder-se-ia justificar que tem sobradas razões para não sê-lo – chegando a ter mesmo uma certa crueza quando se trata de dizer a verdade. Por isso, talvez, seja seguido por muitos e criticado por outros. Tem seguidores, tem dissidentes, tem aqueles que não o conhecem e desconfiam dele e aqueles que, se pudessem, se aproximariam para conhecê-lo. Mas ele não se incomoda por isso. “Até que as coisas andam bem para mim. Poderia ser pior”, diz sorrindo.”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, inclusive uma entrevista exclusiva com Antonio Meneghetti, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas deste sábado.