Natureza. O perigo para duas árvores no centro

Uma árvore na André Marques, pertencente à Diocese católica de Santa Maria. Outra, na Presidente Vargas, propriedade de uma família. Ambas, próximas a casas em processo de demolição. As duas protegidas por lei. A primeira, representante dos proprietários, diz que “o melhor que pode acontecer é que morra”. Já a segunda, os donos querem preservar. E agora? Leia, a propósito, reportagem distribuída pela Assessoria de Imprensa da UFSM:

”Árvore imune ao corte pode estar em situação de risco

Na rua André Marques, esquina com a rua Silva Jardim, em Santa Maria, existe uma Timbaúva protegida pela lei 2859; assim como, na avenida Presidente Vargas, uma Canafístula é protegida pela mesma lei. Em ambos os locais, estão acontecendo demolições de prédios. Com esta situação, existe a preocupação com a preservação das árvores imunes ao corte.

A Universidade Federal de Santa Maria realizou dois trabalhos que tratam do levantamento das árvores imunes ao corte na cidade. O primeiro trabalho, intitulado Um levantamento das espécies vegetais imunes ao corte no município de Santa Maria – RS foi realizado em 1991 pelos professores Nara Zamberlan e Ítalo Teixeira. O mais recente, Verde Urbano de Santa Maria, foi feito neste ano pelo engenheiro agrônomo Marcelo Scipioni, sob orientação da professora Nara Zamberlan.

A professora explica que o trabalho de 1991 traz um levantamento de todas as espécies existentes na cidade imunes ao corte, baseado nas leis municipais. Já o segundo trabalho refez o levantamento anterior e localizou os exemplares ainda existentes.

O primeiro indício de proteção às espécies arbóreas em Santa Maria, aconteceu com a lei municipal nº 2437 de 1982, que “considera objeto de valor histórico uma árvore localizada na esquina da Avenida Medianeira com a avenida Fernando Ferrari”, que hoje não existe mais. O primeiro tombamento foi realizado em 1983, pela lei nº 2506, sendo tombadas quatro árvores. Em 1987, houve o segundo e último tombamento com a lei nº 2859, que declara imunes 73 árvores.

Sobre o risco que correm as árvores em locais de demolição, a professora Nara Zamberlan destaca a alternativa de manutenção dos exemplares, adaptando o projeto arquitetônico.

A árvore localizada na esquina das ruas Silva Jardim e André Marques está localizada em terreno de propriedade da Diocese de Santa Maria. O coordenador de comunicação do Bispado da Diocese, padre Sílvio Weber, acredita que a localização da Timbaúva em frente à antiga secretaria da instituição, causa transtorno devido à sujeira e à necessidade constante de manutenção da calçada, além de atrapalhar as obras de demolição que estão sendo realizadas no local. “A gente torce para que a árvore morra” (sic), aponta o padre como única solução para esse problema. O aspecto da árvore, no entanto, é dos mais saudáveis e se tornou um cartão-postal da rua Silva Jardim, com seus galhos alcançando o outro lado da rua…”

SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página UFSM na internet, no endereço http://www.ufsm.br.