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Uso da internet, novidade na campanha eleitoral

Ela, a internet, rede mundial de computadores, veio para ficar. Este site é um exemplo disso. Afinal, aqui você lê, normalmente antes, o que você só verá nos jornais do dia seguinte. Mas há características bem específicas – a página que edito é de notas e informações políticas e econômicas. Há o compromisso com a informação e a análise, e até à opinião. Mas a isenção e a independência são normas óbvias, para garantir credibilidade e acessos distribuídos democraticamente entre as mais variadas correntes de pensamento.

No entanto, trata-se de instrumento poderoso, também, para o envio e recebimento de qualquer coisa, inclusive propaganda eleitoral. Curiosamente, só quem não pode fazer uso dela, a não ser correndo o risco (em último caso) até de perder o registro, são os candidatos – exceto nos sites oficiais dos partidos. E ainda assim, com restrições.

Não é o caso, porém, do eleitor comum. Afinal, quem pode proibir A de enviar a B a sua opinião, via e-mail por exemplo, favorável (ou desfavorável) ao candidato D ou ao partido ou coligação E?

Ainda tateando no meio, novo na área de comunicações, e restrito a um grupo bem definido (são 14 milhões de internautas domésticos no Brasil, das classes B e A, predominantemente), a internet – como relata a jornalista Alexandra Zanela, em reportagem que o Diário de Santa Maria está publicando nesta terça-feira – está aí. E será usada, com certeza, inclusive por candidatos de Santa Maria. Confira:

”Campanha migra para a Internet
Com mudanças nas regras, rede de computadores entra no jogo eleitoral

A Internet também vai participar das eleições de outubro. A rede mundial de computadores, que já faz muita gente passar horas e horas em frente ao computador, deverá ser uma das armas secretas das campanhas políticas deste ano. Como toda a novidade, os resultados são imprevisíveis. Por um lado, o eleitor terá uma arma a mais para escolher melhor seus candidatos, mas também pode ser vítima da desinformação ou excesso de informações.

Sites, blogs, comunidades no Orkut e e-mails estarão movimentados nesses tempos de eleição. Ainda mais com as regras diferentes para fazer campanha neste ano. Os candidatos não poderão distribuir brindes nem espalhar out-doors pela cidade. A legislação eleitoral somente permite que os candidatos façam campanha em site oficial, determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já o eleitor pode manifestar sua opinião de qualquer forma. Sem restrições.

É a tecnologia participando cada vez mais da vida das pessoas. Números apontam que pelo menos 14 milhões de usuários acessam a Internet somente em casas aqui no Brasil. Se somar esse número com os acessos no trabalho, nas escolas, nas universidades e nos cyber-cafés (lojas que oferecem acesso a rede), a população de internautas aumenta. E os partidos estão de olho neste filão virtual para garantir o voto do eleitor e dar visibilidade aos candidatos.

O jornalista Marco Iten trabalha com campanhas eleitorais há cerca de 30 anos. Ele estima que, nestas eleições, 10% dos políticos usarão a Internet para divulgar suas propostas. Mesmo com o percentual tímido, o marqueteiro paulista acredita que a Internet é uma arma poderosa para os que buscam votos. Principalmente porque a grande parcela de pessoas que utiliza a rede são jovens e eleitores que normalmente ficam mais afastados da política.

– Dá para falar com os jovens pela linguagem deles. E eles influenciam outros votos. São os chamados formadores de opinião – defende Marco.

O especialista elenca outras vantagens no uso da Internet na busca pelo eleitor: custo baixo para criar e distribuir informação (um site pode ser feito a partir de R$ 1 mil), o adversário não tem como saber quantas pessoas o candidato está atingindo e o eleitor pode acompanhar o trabalho do seu político e depois cobrá-lo. Uma dica para o eleitor consciente é salvar no computador os sites dos concorrentes. E depois cobrar as promessas.

O Diário conversou com alguns concorrentes a deputado por Santa Maria. A maioria diz que usará a Internet para buscar votos. Mas ainda não definiram de que forma. O que eles concordam, e sabem, é que a Internet ajudará o eleitor a avaliar os candidatos. E os que já estão na política ficam ainda mais na mira dos votantes. Quem já é deputado pode ter as atividades…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, inclusive com quadros explicativos, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/

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