Arquivo

Polícia. Denúncia anônima (e falsa) injuria professor que, um ano depois, prova inocência

Certa feita, estava em seu local de trabalho, uma escola, o professor Danclar Rossatto. Ali mesmo, viu, surpreendido pela presença de agentes policiais de Faxinal do Soturno, a apreensão de uma camioneta de sua propriedade. O veículo, supostamente, seria o responsável por um acidente nas proximidades de São João do Polêsine.

A origem de tudo, isto é, de que o carro do professor causara um acidente, foi uma denúncia anônima. Acolhida pelos policiais, acabou provocando um constrangimento ao docente. Este, apenas um ano depois teve a inocência comprovada, e ainda assim com o auxílio de um advogado, no caso, Daniel Tonetto, da Martini Advogados Associados.

O pior, ou o mais grave, deduz-se de reportagem publicada pelo jornal A Razão nesta quinta-feira, é que o engano, e o conseqüente acanhamento de um cidadão, poderia ter sido desfeito muuito antes. Ou até sequer ter acontecido – se a denúncia tivesse sido ignorada.

Leia mais sobre a história, que até pode parecer rocambolesca. Mas só para quem dela não participou, o que não foi o caso de Rossatto, que já pensa até em processar o Estado, em busca da reparação moral. Confira:

”Um ano para provar inocência,
Após uma denúncia anônima


O dia 21 de junho de 2005. Faz, já, um ano e dois meses. Danclar Rossato estava em sala de aula. É professor da escola de Educação Básica Augusto Ruschi. Foi surpreendido, então, por agentes da polícia civil de Faxinal do Soturno, com um mandado de busca e apreensão de seu veículo, uma camioneta F 1000, cores vermelho e prata.

Foram 18 dias exatos de apreensão do automóvel, para realização de perícia técnica. E mais de um ano de desassossego, vergonha e humilhação do docente, tirado de sua sala de aula. E tudo por uma denúncia anônima que, viu-se bem mais tarde, era absolutamente inverídica. E inverossímel.

Tudo teria iniciado exatamente um ano e três semanas antes do junho de 2005. Um acidente, nas proximidades de São João do Polesine, a poucos quilômetros de Faxinal, em 1º de junho de 2004, teria sido causado por uma camioneta.

Na ocasião, inquérito policial apurou tratar-se, a culpa, do condutor de uma camioneta F-250 na cor preta, nunca encontrada. Passado todo o tempo – recorde-se, mais de um ano -, denúncia anônima recebida pela polícia “informava” que o veículo era o de Rossato. E deu-se a apreensão, em pleno local de trabalho do professor.

Curiosamente (?) foram necessários mais 13 meses, da apreensão até o encerramento (com o óbvio arquivamento) do inquérito, pois não havia qualquer indício capaz de configurar culpa em Danclar Rossato. E era óbvio demais; afinal, se o causador do acidente de Polesine conduzia uma camioneta F-250 preta, como poderia inculpar-se alguém que tem uma F-1000 nas cores vermelho e prata? O que seria patente para alguns, não foi para outros. Tanto que foi necessária a interveniência de um advogado, no caso, Daniel Tonetto, da Martini Advogados Associados, para desfazer o equívoco. E, agora, estuda-se a possibilidade de processo contra o Estado por danos morais.

Argumentos? Como pode uma denúncia anônima ser suficiente para mudar a cor e o design de um veículo? E mais: a reabertura de um inquérito que já havia provado qual o culpado, embora não o encontrando. E ainda: o constrangimento para um inocente retirado de um…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas desta quinta-feira.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo