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Análise. Problema de Lula não é se eleger. O medo, meeesmo, é com que acontecerá depois

Parece geral, senão unânime: salvo alguma coisa muito improvável, dificilmente Luiz Inácio Lula da Silva deixará de eleger-se ainda em primeiro turno. Seja porque falta pouco para o pleito, e portanto os efeitos do “caso do dossiê” serão insuficientes para transferir a decisão do eleitorado para uma segunda rodada. Seja porque, enfim, o presidente está mesmo blindado contra qualquer acusação que atinja o PT, a agremiação pela qual concorre.

Na verdade, a consequência mais séria, na avaliação dos mais próximos do Presidente, é que com os últimos acontecimentos, se tornará muito mais difícil o início do próximo mandato.

É o que pode-se deduzir, por exemplo, do artigo de Kennedy Alencar, jornalista da Folha de São Paulo e colunista da versão online do jornalão paulista – onde escreve artigos na seção “Pensata” e na coluna “Brasília Online”. E é exatamente esta última, publicada na noite desta terça-feira, que passo a reproduzir:

”Temor maior do governo é “day after” eleitoral

A cúpula do governo avalia que o escândalo do “Dossiê Tabajara” não afetará o favoritismo eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula,mas dificultará ainda mais a tentativa de um acordo com setores da oposição em torno de uma agenda congressual comum.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (19/09) confirmou o favoritismo de Lula e sua chance de se reeleger em primeiro turno. De acordo com o levantamento, Lula obteve 50% das intenções de voto contra 29% do tucano Geraldo Alckmin e 9% de Heloisa Helena (PSol).

Na opinião dos estrategistas eleitorais de Lula, a tentativa de petistas de comprar um dossiê contra o tucano José Serra, candidato ao governo paulista, trará abalo marginal em termos de intenção de voto. Traduzindo: Lula pode perder alguns pontos até 1º de outubro, dia do primeiro turno, mas não o suficiente para enfrentar uma segunda rodada.

Segundo essa avaliação, o eleitorado tem sido bombardeado faz mais de um ano por escândalos de corrupção. Mesmo assim, Lula é favorito. O “Dossiê Tabajara” seria mais do mesmo, acreditam.

O problema, dizem, é o enfraquecimento político de Lula. Mesmo reeleito em primeiro turno, o petista verá aumentar a dependência do fisiológico PMDB na mesma proporção em que crescerá a irritação da oposição e de setores da classe média e da imprensa com a sua recondução.

É um cenário muito ruim para um presidente, que, de acordo com o Datafolha, tem chance de se eleger no primeiro turno com…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/brasiliaonline/.

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