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Eleições 2006. Ibope não muda quadro. A duas semanas do voto, Lula é favorito para a vitória

Encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, foi divulgada no fim da manhã desta sexta, mais uma rodada de pesquisas feita pelo Ibope. Em relação ao último levantamento, os dois principais candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e Geraldo Alckmin, do PSDB, cresceram, cada um 2%. Com o que, o quadro não se altera e o atual presidente é favorito para vencer o pleito ainda em primeiro turno.

A terceira colocada, Heloísa Helena, do PSol, manteve-se no mesmo patamar, enquanto Cristovam Buarque, do PDT, subiu de 1% para 2% das intenções de voto. Foi exatamente o desempenho do pedetista que fez cair, dentro da margem de erro, a diferença de Lula para todos os outros candidatos juntos. Ele tem 9% (eram 10%, há um mês) além do que a soma dos demais concorrentes.

Passo a reproduzir agora, com os números completos e também a opinião de especialistas, a reportagem elaborada pela agência de notícias Reuters. É um olhar estrangeiro, no caso, britânico, sobre o processo eleitoral brasileiro. O texto é de Natuza Nery, da sucursal de Brasília:

Alckmin não consegue tirar votos de Lula, mostra Ibope

A pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira mostrou que o candidato pelo PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, precisar tirar de 4 a 5 pontos percentuais das intenções de voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se quiser chegar ao segundo turno.

O tucano, no entanto, ainda não conseguiu arrancar votos do rival, que continua vencendo a disputa no primeiro turno, segundo a sondagem encomendada pela Confederação Nacional da Indústria. A vantagem do petista sobre o conjunto dos outros candidatos passou de 10 para 9 pontos percentuais, uma oscilação dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

“A partir do momento que tem uma diferença de 9 pontos percentuais, se o candidato Geraldo Alckmin conseguir tirar votos do candidato Lula, ele precisaria de 4 ou 5 pontos percentuais até a eleição. Ele (Alckmin) ou qualquer outro candidato”, avaliou Marco Antônio Guarita, diretor da CNI.

Os dois principais candidatos tiveram variação positiva no limite da margem de erro de pesquisa. Lula passou de 48 por cento para 50 por cento, enquanto Alckmin foi de 27 por cento para 29 por cento.

“Aparentemente, o candidato Geraldo Alckmin não está tirando voto do presidente Lula, ele está tirando de outros lugares”, disse Amauri Teixeira, consultor do levantamento.

A senadora Heloísa Helena (PSOL) manteve os mesmos 9 por cento registrados pelo Ibope na semana passada. O senador Cristovam Buarque (PDT) passou de 1 para 2 por cento, enquanto Ana Maria Rangel (PRP) manteve 1 por cento.

Em um eventual segundo turno, Lula venceria o tucano por 53 por cento a 37 por cento, ante 51 a 37 por cento na pesquisa anterior.

Nos programas de rádio e TV, a dianteira de Lula é menos folgada. A campanha do presidente é considerada a melhor para 36 por cento dos entrevistado, apenas 5 pontos percentuais a mais do que a do tucano.

A pesquisa mostrou ainda que os dois estão no mesmo patamar de rejeição: o petista é rejeitado por 32 por cento dos eleitores e o ex-governador paulista, por 31 por cento.

Já na avaliação de governo, a CNI comparou os dados com o último levantamento divulgado pela entidade. Assim, a avaliação positiva subiu de 40 por cento, em julho, para 49 por cento, agora em setembro, o segundo melhor resultado da série histórica. O patamar mais alto foi em março de 2003, quando a avaliação atingiu 51 por cento.

A avaliação regular do governo caiu de 40 por cento para 33 por cento, na mesma comparação, e a negativa recuou de 19 por cento para 16 por cento neste mês.

“Está por trás desse resultado o tamanho da expectativa futura quanto ao quadro econômico e uma avaliação positiva no campo social, especialmente no combate à fome e à pobreza”, explicou Guarita.

Houve melhora na avaliação das ações governamentais, como o combate à inflação e na expectativa de renda e geração de emprego, mas a avaliação do governo continua pior por aqueles que ganham acima de dez salários mínimos e os que possuem nível superior de…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página da Agência Reuters na internet, no endereço http://br.today.reuters.com/news/.

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