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Mídia. Reportagem da IstoÉ detalha relação entre misterioso empresário e a dupla Negri/Serra

Pois é. Que não se diga que a IstoÉ se mixa. Mesmo acusada de participar do conluio com os petistas para fabricar um dossiê contra José Serra, a revista volta à carga nesta semana. Além de oferecer sua explicação para a forma como a reportagem da semana passada foi produzida (Leia nota imediatamente anterior a esta), vai adiante.

Com texto de Alan Rodrigues, Mário Simas Filho e Rodrigo Rangel, a IÉ publica reportagem sobre Abel Pereira, explicitando as relações pouco transparentes entre ele e o atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, ex-secretário executivo do ministro da Saúde José Serra, na gestão de Fernando Henrique Cardoso, quando teria começado o verdadeiro escândalo das sanguessugas – com benefícios evidentes à empresa Planan, dos Vedoins.

Acredite: o que se lerá a seguir não encontrará em qualquer outro grande veículo de comunicação do País. Mmmmmm… Aí tem, não? Leia você mesmo:

O misterioso Abel
Empreiteiro, milionário e avesso a publicidade, Abel Pereira começa a ser investigado pela Polícia Federal como o elo entre os Vedoin e Barjas Negri, braço direito de José Serra no Ministério da Saúde

A imagem ao lado é o rosto do mais novo personagem da máfia dos sanguessugas. Trata-se do paulista Abel Pereira, 51 anos, um rico empresário da construção civil que, segundo Darci e Luiz Antônio Vedoin, os donos da Planam, era o operador do ex-ministro da Saúde Barjas Negri, braço direito de José Serra, na venda de ambulâncias superfaturadas para prefeituras de todo o País.

Desconhecido da maioria dos brasileiros, Abel começou a ganhar notoriedade na última semana, depois que ISTOÉ divulgou algumas de suas operações a partir de uma entrevista concedida pelos Vedoin. Os chefes dos sanguessugas também mostraram uma série de cheques e depósitos bancários que, ao serem devidamente investigados pela Polícia Federal, poderão comprovar definitivamente suas denúncias.

A relação de Abel com Barjas Negri é tão estreita quanto suspeita. Negri, o ex-secretário-executivo de Serra no Ministério da Saúde e seu sucessor, é o atual prefeito de Piracicaba, cidade com cerca de 350 mil habitantes no interior paulista. Abel parece ser seu empreiteiro predileto. A cidade é um canteiro de obras e as empresas da família de Abel são responsáveis pela maior parte delas. Nos últimos 18 meses, faturaram R$ 10,4 milhões, equivalente a 40% de tudo o que a Prefeitura gastou em obras. Fazem desde “restaurações de ponto de ônibus” até a construção de ginásio de esportes, passando por recapeamento e jardinagem. “Essa ação entre amigos é antiga e precisa ser apurada com rigor”, diz o presidente da Câmara Municipal, Gustavo Hermann, do PSB.

As ligações do empresário com o prefeito têm mais de 30 anos. Abel coordenou a arrecadação de recursos da campanha de Barjas e suas empresas aportaram, oficialmente, R$ 45 mil nas contas do tucano. Durante a administração de Barjas, o grupo da família de Abel conseguiu mais de 35 obras na cidade. Para ter tanto sucesso em suas apostas, Abel não costuma correr riscos. Segundo um antigo sócio localizado por ISTOÉ, o empresário trabalha com pesquisas eleitorais encomendadas por ele próprio e só aposta no favorito. Em Brasília, embora nunca tenha feito parte dos quadros do Ministério da Saúde, quando o amigo Barjas era secretário-executivo e posteriormente ministro, Abel transitava com a mesma desenvoltura com que hoje caminha nos corredores da Prefeitura de Piracicaba. Não precisava se identificar. Era atendido a qualquer hora e as secretárias tinham a instrução de jamais barrá-lo.

Comissão de 6,5%

Com os Vedoin, as relações de Abel antecedem as ambulâncias superfaturadas. Quando o velho Jaime afastou-se das propinas municipais, foi morar em uma fazenda da família no município de Jaciara, no interior mato-grossense. Mato Grosso é o Estado em que os Vedoin atuam com maior desenvoltura.

Abel e Darci se conheceram e logo montaram uma sociedade para a produção de leite. O negócio não prosperou. Mais tarde, quando Barjas já estava no Ministério da Saúde, Abel e Darci voltaram a se encontrar. “Logo que o Barjas assumiu o Ministério, o esquema mudou. O que antes era feito com os parlamentares passou a ser operado pelo Abel. Ele liberava todos os recursos no Ministério e nós pagávamos a ele 6,5% do que recebíamos”, disse Darci a respeito da participação de Abel na…


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página da revista na internet, no endereço http://www.terra.com.br/istoe/.

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