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Um outro lado. Conheça, também, uma posição contrária à necessidade do diploma de jornalista

Esqueçamos, por favor, a malfadada comparação feita pelo (argh) ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal. Deixemos de lado, igualmente, posições arrivistas daqueles que “acham” que podem ser ou, pior, que “são” jornalistas. Mas há espaço, imagino, para que se conheça uma posição honesta, e contrária, à necessidade do diploma de jornalismo.

 

Imagino que, democratas que somos, tenhamos condições de ler com tranqüilidade o que escreve, por exemplo, um veterano (e competente) jornalista (sem diploma) como Carlos Brickmann (foto). Leia o que ele publica esta semana, na seção “Circo da Notícia”, do sítio especializado Observatório da Imprensa. Sem ranços, de preferência. Ah, e antes que me linchem (sim, há patrulhas na área), minha posição não é necessariamente a mesma de Brickman, mas a respeito. Confira:

 

“DIPLOMA DESNECESSÁRIO – Perguntas e respostas sobre o canudo

 

O curso de Jornalismo perdeu a validade?

Não: a transmissão de conhecimento é sempre útil e aquilo que se aprende é propriedade perpétua de quem o adquiriu. O diploma de Jornalismo vai continuar existindo; quem o tirar continuará tendo registro. Imagine que você tenha aprendido mandarim: isso jamais foi exigido para trabalhar em Jornalismo, mas vai ajudá-lo muito a conseguir um bom emprego e a desempenhar suas funções com eficiência.

 

As empresas são obrigadas a contratar quem não fez o curso?

Não: as empresas vão contratar os profissionais que lhe oferecerem o melhor serviço. Se as faculdades de Jornalismo formarem profissionais mais bem qualificados que os que não as cursaram, os diplomados terão a preferência. O que ocorreu foi o fim da reserva de mercado, não a criação de outra reserva.

 

As empresas podem contratar quem quiserem?

Sim. Mas, como o mercado é competitivo, as empresas sempre procurarão contratar os profissionais de melhor qualidade. E os que tiverem curso superior, se bem feito, levarão vantagem sobre os que não o tiverem – a menos que o talento e a capacidade de estudo dos que não tiverem curso superior superem a desvantagem da falta de educação formal.

 

As empresas vão contratar não-jornalistas para pagar menos?

Não: profissionais como Roberto Muller, Rodolfo Konder, Ricardo Kotscho, Fernando Gabeira, Luís Carta, Ennio Pesce, Nahum Sirotsky, Rolf Kuntz, ou como este colunista, sempre ganharam os melhores salários das diversas redações em que trabalharam, e não têm diploma de jornalista. O cálculo é mais complexo e engloba a relação custo-benefício: profissionais de alto nível custam mais caro, tenham diploma de jornalista ou não, e seu trabalho é habitualmente melhor.

 

Para que investi tempo e dinheiro fazendo faculdade de Jornalismo se o diploma é desnecessário para exercer a profissão?

Para que aprender inglês, espanhol, alemão e japonês se os respectivos diplomas são desnecessários para exercer a profissão de jornalista? Porque acreditam que os conhecimentos que adquiriram são úteis. Mas, se alguém fez uma faculdade daquelas bem maleáveis, no facilitário, apenas para obter o diploma, terá perdido seu tempo e dinheiro. Mas iria perdê-lo de qualquer forma: o mercado de trabalho é competitivo e impiedoso com quem não estuda, formal ou informalmente.

 

Qual a consequência do fim da obrigatoriedade do diploma na ética jornalística?

Nenhuma. Ética se tem ou não se tem. Ética não se aprende em cursos superiores. Há canalhas com diploma, há canalhas sem diploma…”

 

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens, artigos e colunas publicados pelo sítio especializado Observatório da Imprensa..

 

 

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