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E a mídia?! Com os jornalistas, Lula promete se dar bem. Já com os donos, há controvérsias

A grande realidade, comprovada por pesquisas feitas, por exemplo, pelo Observatório Brasileiro de Mídia, é que o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva apanhou feito boi ladrão, dos principais veículos de comunicação do País.

É verdade que ele deu bons motivos para isso. Mas há quase consenso, entre os analistas independentes (acredite, eles existem), que houve quase um assassinato dos fatos e da forma como tratá-los, por parte de vários dos grandões. Aí se incluem, sobretudo, as Organizações Globo, especialmente os veículos eletrônicos, e a Editora Abril. Com que interesse? Ideológico? Nananinanão. É troco mesmo. No caso da Abril, como você leu aqui, uma mudança de proposta do Ministério de Educação, que deixou de privilegiar as grandes editoras, para permitir o acesso de empresas menores ao butim dos livros didáticos, os Civita, proprietários do negócio, levaram um tufo de R$ 40 milhões. É pouca coisa? Só se for pra você. Pra mim, e os donos da Abril, não mesmo.

E a disputa pela TV digital e as conexões com tv por assinatura e banda larga da telefonia, se daria melhor para a Globo com ou sem Lula? E isso significa o quê? Luta ideológica? Quáquáquáquá!!!! É isso mesmo, milhõõõõões. E de dólares, não de reais.

De qualquer forma, como constata a reportagem de Tiago Cordeiro, que o “Comunique-se”, site especializado em comunicações, publica nesta segunda-feira, a relação entre o Presidente e os jornalistas não era exatamente uma maravilha. Muito pelo contrário. Exatamente pela dificuldade, para dizer o mínimo, de Lula conceder entrevistas de uma forma regular.

Mas isso, já na noite de domingo, reeleito, o Presidente deu a nítida idéia que pretende repensar. Tanto que há uma coletiva marcada, salvo engano, para hoje, em Brasília. Então, estima-se, com os profissionais a situação pode se modificar para melhor. Não há, porém, a mesma convicção em relação aos proprietários dos veículos.

Taí uma boa coisa pra se conferir logo logo. Mas, atenção: não leia apenas as páginas de política. Dê uma espiadinha nas de economia. As explicações podem estar lá. Enquanto isso, reproduzo o texto do Comunique-se, para você:

”Relação “mídia x Lula” deve mudar em 2007

Após quatro anos de um mandato sem entrevistas coletivas e com pouca atenção para a imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não demorou uma hora após a confirmação de sua vitória para demonstrar mudanças. Ao conceder cinco perguntas para jornalistas brasileiros e estrangeiros, Lula pode marcar a mudança de uma relação que teve um clima conturbado nos últimos meses. Para muitos, a maior parte dos veículos de imprensa fez ampla campanha contra o presidente reeleito. “Houve três dados que chamaram a atenção ao longo da campanha: a exposição muito maior de Lula na mídia, sua destacada exposição negativa que subiu cerca de 10% duas semanas antes do primeiro turno, quando surge a possibilidade de segundo turno, e o fato das curvas de cobertura negativa do candidato e presidente Lula serem absolutamente coincidentes”, afirma Kjeld Jakobsen, diretor do Observatório Brasileiro de Mídia (OBM). Para Jakobsen a conjunção dos três fatores não foi uma simples coincidência.

Do lado da mídia, a questão permanece polêmica. O editor de um dos veículos pesquisados e apontados com um número alto de matérias rejeitando o candidato não descartou a hipótese de realmente ter ocorrido uma injustiça, mas por força do contexto de escândalos e denúncias. “Até selecionei as matérias para fazermos uma avaliação. Acho que isso ocorreu em razão dos acontecimentos, do dossiê e todas as crises e não com a candidatura do Lula. Quando você mistura governo e candidato dá um aumento nas críticas, mas também aumenta a exposição do presidente”, revela o editor que preferiu não se identificar. Para ele a forte rejeição foi o resultado de crimes como o suposto envolvimento do PT com o dossiê Vedoin.

“Foi mesmo, mas ele está no poder! Queria o quê? Ser tratado como diva?”, opina Ricardo Feltrin, responsável pela edição da Folha Online durante a eleição, sobre a possibilidade de Lula ser mais criticado que seus adversários. Feltrin afirma que cuidou de toda edição do site e que o veículo foi totalmente imparcial. “Tudo foi medido quase com régua. Em caso de muxoxo, acessem o arquivo da Folha Online, verifiquem por si mesmos”.

Para o jornalista, a vitória do presidente lembra que Lula antes da presidência era muito mais acessível e que ele deve evitar fugir de perguntas e debates. “Ao não falar com grande parte da imprensa por quatro anos, principalmente a escrita, Lula agiu como um político-avestruz. Aliás, também com boa parte das denúncias que atingem seu governo. Não é se Lula deve mudar sua relação com a imprensa. Ele tem de mudar”.

Para o professor Geraldo Tadeu Monteiro, do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, a postura da imprensa não pode ser discutida. Ele lembra que não apenas o OBM, mas também o Laboratório Doxa, do Iuperj, confirma o número de matérias negativas. “Houve, portanto, um viés anti-Lula considerando-se a média das duas aparições dele, como presidente e como candidato. Pode-se atribuir grande parte dessas notícias negativas aos escândalos envolvendo petistas neste ano de 2006”.

Polêmica pode gerar danos comerciais

Para Monteiro, o fato de uma pesquisa comprovar, por exemplo, que a maior parte dos leitores da Folha de S. Paulo é eleitor de Geraldo Alckmin já explica a dificuldade dos jornais manterem uma posição imparcial conciliada com os interesses de uma empresa.

“Foi uma derrota para aqueles meios de comunicação que tentam se colocar como porta vozes da opinião pública, pois esta foi majoritariamente em direção contrária ao desejo da maioria dos donos da mídia”, acredita Jakobsen. Para o especialista, as dificuldades dos meios de comunicação podem se ampliar após as eleições. “Muitos não estão dispostos a pagar para receber uma informação com 24 horas de atraso, quem vai querer pagar por algo que além disto não é confiável?”

Apesar de tudo, a idéia de um posicionamento diretamente contra o candidato ainda não parece ser um consenso. Para o professor Monteiro, a situação é comum a…”


SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando a página do “Comunique-se” na internet, no endereço http://www.comunique-se.com.br/.

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