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Yeda x Olívio. Deputados querem tucana; Simon e Rigotto preferem neutralidade.Têm suas razões

Germano Rigotto, o governador surpreendentemente derrotado no primeiro turno, e que vai assistir Olívio Dutra, do PT, e Yeda Crusius, do PSDB, disputando o cargo dele, está magoado. Em depressão, segundo me contou fonte próxima ao Palácio Piratini.

Cá entre nós, não poderia ser diferente, dadas as condições em que o peemedebista foi apeado da rodada final do pleito gaúcho. De primeiro para terceiro, em 48, 72 horas. É o que se diz. Foram os últimos três dias, antes do 1º de outubro, decisivos para implodir a candidatura do PMDB.

Nessas condições, convenhamos, não se pode exigir de Rigotto sorrisos e salamaleques. Aliás, mesmo os assessores mais diretos, se pudessem, sumiriam na segunda-feira. Inclusive, cheguei a imaginar a possibilidade de conversar com alguém que pudesse consubstanciar uma opinião mais precisa. No dia seguinte, foi virtualmente impossível.

Nesta terça, porém, já deu para sentir a febre. A própria nota do Governador, que imagino os jornais estejam publicando, dá o tom. Rigotto propõe a neutralidade. Quer ficar fora do processo. Será muito difícil. Inclusive porque ele tem uma opinião, que não quer (e talvez não possa, e muito menos seja conveniente) expor.

Mas a realidade é que está magoado com o PSDB e Yeda. Até um colunista decididamente anti-petista, para não dizer outra coisa, como Políbio Braga, registra o fato em sua newsletter, obviamente isentando a tucana pela situação. Numa linguagem bem claudemiriana, é mais que isso: Rigotto está pê da vida com o PSDB, a quem debita grande parcela de responsabilidade por sua derrota.

Mas não é só o governador. Também o senador reeleito Pedro Simon, homem curtido de muitas disputas, com vitórias (e derrotas) históricas no currículo, ficou abatido. E não assimilou, ainda, a forma rude (para dizer o mínimo) com que foi tratado na campanha. Não por petistas, curiosamente, que o atacaram politicamente, o que é do jogo. Mas por Mário Bernd, do PPS, e da coligação liderada por Yeda, que o, na palavra de um simonista, “achincalhou”. Só o sentimento cristão de Simon o impede de dizer em público o que pensou a respeito.

Enfim, deu para perceber. Se ideologicamente Simon e Rigotto estão mais próximos de Yeda, as marcas da derrota, e da forma como ela aconteceu, os faz preferirem a neutralidade. O que quer que isso seja.

Votarão em Yeda? Ninguém, provavelmente, nunca saberá. Pelo menos publicamente. O diabo (desculpa confrade Simon!) é que a maior parte das bancadas estadual e federal do PMDB/RS gostaria que a adesão ao PSDB fosse uma decisão oficial.

Isso acontecerá? Não é impossível. Mas improvável, ouso afirmar.

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