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Coalizão 3. Tem um grupo de petistas nadinha faceiro com essa história de repartir o poder

”Ok, ok, ok. Vocês têm razão. Nós não tínhamos bala para tanto exércicito. Ou o contrário, tanto exército para muita bala, no primeiro mandato. Era muito ministério para poucos quadros. E a gente se quebrou, como partido. Mas agora, não. Afinal, disseram que iríamos sumir e, no entanto, fomos os que mais votos fizemos para a Câmara dos Deputados e, portanto, temos cacife político suficiente para manter o que temos e, quem sabe, ate ampliar nosso espaço. E nada de ficar dando cargos importantes aos recém-chegados, como o PMDB”.

O que está escrito no parágrafo anterior, pretensiosamente, entendo seja a síntese do que está na cabeça de muito petista. Especialmente aquele insatisfeito com os rumos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aliás é do PT, pretende dar ao governo, nos próximos quatro anos.

Enfim, é cristalina a insatisfação de grupos importantes do PT com os objetivos mais que declarados de Lula. Será que eles têm razão? Mais que isso: seus argumentos são suficientemente fortes para demover Lula? Ou, mais ainda que isso, obterão sucesso? Essas perguntas, e suas eventuais respostas, merecem, com esse ou outro nome, a reflexão de um dos mais veteranos observadores da vida nacional. No caso, Tão Gomes Pinto, cujo texto que publica na sua página de internet, passo a reproduzir:

”O neo-petismo reage à coalizão lulista

O PT tem manifestado, por várias declarações de seus membros , que não quer perder espaço no “governo de coalizão” do presidente. É uma reação natural de um partido que sofreu humilhações de todo gênero durante a campanha eleitoral.

O PT viu desabar vários projetos políticos pessoais que poderiam significar não apenas mais um mandato. Mas sim a permanência no poder por mais dois ou três governos. O partido realizaria assim o sonho de todo grupo político que chega lá: ficar no mínimo 20 anos.

Esse era a idéia de Fernando Collor, como foi o da tucanagem em volta de Fernando Henrique. Essa permanência prolongada, na verdade, é um um hábito antigo, vem da chamada ‘República Velha’, vem de Getúlio Vargas, e foi, digamos, consagrada pelo ciclo dos ‘generais presidentes’. Acabaria se transformando não num destino político desejado, mas numa espécie de ‘maldição’ : a maldição dos 20 anos de poder.

Assim como aconteceu com Collor e com o projeto Sergio Motta para o PSDB, o PT viu ruirem as posssibilidades de realiza-lo quando os escândalos do governo Lula desmancharam, transforamaram em pó os sonhos e ambições de um José Dirceu, de um Antonio Palocci. Na avalanche, rodaram outro destinos que poderiam, quem sabe, contribuir para os ambicionados 20 anos de poder: Aloizio Mercadante, João Paulo Cunha, José Genoino, Ricardo Berzoini, etc.

O PT foi obrigado a recolher suas velas antes enfunadas, agüentou quieto a estratégia de Lula de se isolar da crise durante a campanha, e no final, contabilizados os lucros e as perdas, não se saiu tão mal assim no pleito. Ao contrário, o resultado foi surpreendente bom para o partido.

Diante do inesperado, o PT ajeitou o terno, aprumou a gravata e voltou ao jogo. Não tem um time de estrelas, não tem personagens ‘galáticos’. Mas está longe de uma queda para a ‘segundona’. Prova disso é a disputa animada, para não dizer feroz, por posições de mando dentro…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando o blog do jornalista Tão Gomes Pinto na internet, no endereço http://taogomespinto.blig.ig.com.br/.

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