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Economia. Comando vai ficar com o cravo. Mas a ferradura estará por perto, decidiu Lula

Nem bem as pesquisas de urna apontavam o que até as pedras sabiam, isto é, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, com estrondosos 58 milhões de votos, quase 21 milhões além dos obtidos por seu adversário, e começava a se travar uma grande batalha nos bastidores do futuro governo.

Entusiasmados com a declaração de intenção do Presidente reeleito, que disse não admitir crescimento econômico inferior a 5% ao ano, saíram imediatamente a campo os adeptos do que se convencionou chamar de “desenvolvimentismo” . A imprensa, obviamente, repercutiu. E de repente os analistas se viram a discutir a possibilidade de mudança no comando da economia, por conta de uma eventual saída do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o último grande representante, no Planaldo, do pensamento de Antonio Pallocci, responsável pelo regime de austeridade fiscal que sufocou o crescimento do PIB – ainda que a ele se credite, também, a criação de um ambiente da dita estabilidade econômica.

O tiroteio, porém, a depender do noticiário gerado nesta quinta-feira, tende a se transformar em festin. Sim, porque como relata a comentarista política da Globo News, Cristiana Lôbo, em sua página na internet, está tudo definido. Lula manterá Guido Mantega, no qual tem estreita confiança, no ministério da Fazenda. Ponto para os “desenvolvimentistas”. É o cravo. Mas continuará com Henrique Meirelles no Banco Central, a decidir sobre a queda mais ou menos paulatina das taxas de juro. Vitória dos “austeros”, que detestam uma “fantasia”. Foi o jeito, e aqui quem pensa sou eu mesmo, de dizer o que todos sabem, mas fingem que influenciam: quem manda, mesmo, é Ele. Isso mesmo, o próprio. Lula é quem decide. E vai ficar com o cravo e a ferradura sob seu controle.

Leia o que isso tudo significa, no texto da Cristiana, que passo a reproduzir:

“Mantega e Meirelles ficam, diz Lula

O presidente Lula foi claro, hoje (quinta) à tarde, em conversa com jornalistas no Itamaraty ao dizer que os comandantes da economia vão continuar em seus postos no segundo mandato – Guido Mantega, no Ministério da Fazenda e Henrique Meirelles, na presidência do Banco Central.

– Não tenho motivo para mexer. Mexer por que? Para mim está bom – disse Lula a jornalistas, repetindo o que afirmara mais cedo ao governador do Acre, Jorge Viana. O governador ainda acrescenta uma explicação para a manutenção da equipe. “Temos de saber que o segundo mandato só veio por causa do primeiro; então não existe isso de renegar o primeiro mandato; e a área econômica é parte importante desse sucesso”.

Lula tem dedicado a maior parte de seu tempo a conversas sobre o segundo mandato, tanto sobre a base de sustentação de seu governo como a formação da equipe. Para Jorge Viana, Lula ainda não tomou qualquer decisão “mas tem muita coisa já pensada, encaminhada”.

Para os interlocutores do presidente, a composição da equipe no segundo mandato trará nomes novos, mas a “espinha dorsal” do governo deve continuar: a área econômica, inclusive com Paulo Bernardo no Planejamento, e o comando no Palácio do Planalto, mais precisamente, na Casa Civil, com a ministra Dilma Rousseff. Lula está esperando o retorno do ministro Tarso Genro ao trabalho (ele tirou dez dias de férias) para, segundo disse, ter conversas mais objetivas sobre o novo mandato.

Ele pretende anunciar a nova equipe na primeira quinzena de dezembro, mas as conversas poderão se estender até a…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página da jornalista na internet, no endereço http://g1.globo.com/Noticias/Colunas/0,,7374,00.html.

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