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Só boas notícias. Convenhamos, Lula não tem razão alguma para queixas, nesta semana

É verdade que, no finalzinho dessa sexta-feira, o próprio governo voltou atrás em sua perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto, agora estimado em magérrimos 3,2%. Mas o próprio Lula tratou de dizer que isso “não é tão importante”. É. Pode ser. Talvez seja. Embora seja ruim, meeesmo.

Em todo caso, como conta o comentarista Franklin Martins, o Presidente não tem do que se queixar da semana que está encerrando. Afinal, o que sobrou (exceto esta do PIB e quem sabe mais alguma outra, que o próprio Lula deverá minimizar, retoricamente) foi boa notícia para o próximo mandato.

Mas, afinal, que diabo de tão bom aconteceu na semana, além do óbvio, a adesão pra lá de garantida do maior partido do País, o PMDB, para o projeto de coalizão governamental? Leia o próprio Franklin, e o que ele escreveu em sua página na internet:

“Semana foi muito boa para Lula

Foi uma semana política muito intensa, cheia de novidades, articulações e movimentações. O governo esteve na iniciativa o tempo todo e acumulou importantes avanços. Já a oposição continua dando a impressão de que ainda não se recobrou da derrota nas urnas. Quando conseguiu produzir fatos, como na aprovação no Senado do 13º benefício do “Bolsa Família”, deu um tiro no pé. Apenas desgastou-se no episódio.

Talvez o fato mais importante da semana tenha sido o clima criado com a reunião de Lula com o presidente do PMDB, Michel Temer, em que praticamente ficou acertada a participação do partido no governo de coalizão. Lula e Temer, habilmente, não discutiram a fatia que caberá aos pemedebistas no ministério nem tampouco o número de senadores e deputados do partido que darão sustentação parlamentar ao governo. Limitaram-se a afirmar a disposição para o entendimento, a alinhavar as linhas gerais de um programa de ação governamental e a acertar os procedimentos das negociações futuras.

Com isso, deram uma embocadura politicamente correta ao processo de integração do PMDB ao governo. O que antes parecia impossível está acontecendo: a esmagadora maioria do partido apoiará Lula – num primeiro momento, cerca de 75 dos 89 deputados e 14 dos 20 senadores. Os demais oscilarão entre o não-alinhamento e a oposição branda. É evidente que esses números podem sofrer abalos na fase de definição do número de ministérios e dos nomes dos ministros, mas mesmo os mais céticos admitem que o clima no partido é amplamente favorável a Lula.

As negociações com outros partidos também avançaram. No Palácio do Planalto já se dá como certa a participação oficial do PV no governo e aumentaram as esperanças de um desfecho positivo com o PDT, com quem o presidente reúne-se na segunda-feira. Se essas expectativas confirmarem-se, Lula terá atingido um de seus objetivos estratégicos mais importantes na formação do novo governo: ampliar as alianças à esquerda, contrabalançando o peso dos partidos mais conservadores, como o PL, o PTB e o PP.

Esse clima de que as águas estão correndo para o mar – no caso, para Lula – também marcou a reunião dos governadores. O quorum foi altíssimo – 18 estados representados – e o ambiente de colaboração, e não de confrontação, com o Palácio do Planalto. A demonstração de força tende a contribuir para o estabelecimento de uma relação institucional com todos os governadores, inclusive da oposição. Se o presidente lograr dividir com eles os custos e os esforços para a aprovação de uma agenda que leve ao crescimento de 5% ao ano, será um reforço e tanto. Mas não é uma empreitada fácil.

Todos esses fatos tiveram um impacto positivo no Congresso. Tudo bem, o Senado, numa tarde de escola risonha e franca, aprovou o 13o do “Bolsa Família”. Porém, na Câmara, travada há meses, as votações foram retomadas e o governo, depois de um longo e tenebroso inverno, voltou a ter maioria. Derrubou a emenda que elevava o reajuste das…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando o blog do jornalista Franklin Martins na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=semana-politica-foi-muito-boa-para-lula.

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