Amor de verão. Maioria dos temas políticos é só coisa dos tempos (magros) de recesso
Antigamente, se falava em amor de carnaval. Ou de verão. Não vale muito isso hoje, quando a expressão ficar reduziu os amores a uma noite. Ou parte dela, se tanto. Mas a analogia, lembrando tempos de outra era, não deixa de fazer sentido, para quem faz cobertura política.
Tome-se Santa Maria como exemplo. Com a Câmara de Vereadores em recesso, e nenhuma expectativa de levantamento do dito cujo pelo prefeito, do parlamento é que não sairá notícia. Salvo algum (inesperado e indesejado) escândalo. Não será por aí, portanto. O que resta? A nomeação dos CCs regionais do governo do Estado em Santa Maria e a eventual, e ainda assim reduzida, movimentação visando a eleição municipal de 2008. Ou temas, digamos, da cidade. Da urbe, para tentar (sem sucesso) ser erudito. E mais nada.
Em nível federal é, segundo deduzo do que escreve, em sua página de internet, o comentarista Franklin Martins, exatamente a mesma coisa guardadas, claro, as devidas proporções. Assim, o que parece não é. Ou é, e não parece. Exceto pela boa vontade de jornalistas e políticos trabalhando num momento em que boa parte das lideranças está em férias, inclusive o Presidente da República.
Bem, há uma diferença: nos termos. Em vez do ficar, ou dos amores de verão ou de carnaval, o jornalista refina a expressão, trazendo o jargão brasiliense: flores do recesso. Ah, e ele fala também de elefantes. Confira você mesmo:
Sobre paquidermes e flores do recesso
Com Lula de férias e o Congresso em recesso, a semana deve ser de calmaria, sem fatos espetaculares e novidades dramáticas – a menos, é claro, que o inesperado resolva fazer uma visita de supetão a Brasília. De qualquer modo, é bom ter cuidado com as chamadas flores do recesso, cultivadas por jornalistas desesperados pela falta de notícias e por políticos que aprenderam que, na falta de algo relevante, a imprensa é capaz de transformar qualquer besteira em fato importantíssimo.
Nos bastidores, porém, há dois processos em curso que, mesmo sem desfecho previsto para esta semana, merecem ser acompanhados com atenção: a disputa pela presidência da Câmara e a amarração final do Programa de Aceleração do Crescimento, batizado de PAC por Lula no discurso do dia da posse.
Aliás, gostaria de saber quem foi o gênio da raça que inventou esse nome e, principalmente, essa sigla para o programa. É simpático: PAC soa como paqui, diminutivo carinhoso de paquiderme. E quem não gosta de elefantes? O problema é que, ao que eu saiba, eles são símbolos de lentidão, e não de velocidade. Mas deixa para lá …
O PAC, que deve ser anunciado dia 22, daqui a duas semanas, é visto no governo como uma sinalização clara de mudança de ênfase na política econômica. Com a inflação sob controle, a tônica estará agora na aceleração do crescimento.O programa deve trazer novidades em quatro áreas: a) mecanismos de controle de médio e longo prazo da elevação dos gastos correntes; b) medidas de desoneração tributária que favoreçam o crescimento do investimento privado; c) elevação significativa dos investimentos públicos em infraestrutura; d) introdução de novas ferramentas de gestão dos projetos prioritários do governo.
A maioria dessas medidas já vem sendo discutida pela imprensa e é pouco provável que, daqui até o anúncio do programa, haja novidades espetaculares. Mas é bom seguir
SE DESEJAR ler a íntegra do artigo de Franklin Martins, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=sobre-paquidermes-e-flores-do-recesso.
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