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O que fazer? Tucanato, em crise de identidade, vai fazer megapesquisa em todo o país

Que os tucanos são divididos (assim como a torcida do Flamengo – isto é, PT, PMDB, para ficar nas maiores siglas) até as pedras sabem. E isso vale de Norte a Sul do Brasil. Aqui, na boca do monte, para ficar na paróquia, há pelo menos três grupos distintos no PSDB. Aliás, da mesma forma que acontece em nível nacional.

 

A divisão é pra lá de personalista. Há os que fecham com José Serra, os que têm em Aécio Neves um ídolo e também tem o derrotado de 2006, Geraldo Alckmin, que quer voltar a influenciar no partido, se possível se candidatando à prefeitura de São Paulo ou até à liderança maior do PSDB, em lugar de Tasso Jereisati. Personalismo puro, pois não.

 

Em Santa Maria, curiosamente, também há um trio. Jorge Pozzobom, do alto de seus quase 30 mil votos, tem todos os motivos para achar que pode. E vai buscar a alternativa da candidatura a prefeito. Por conta disso, até mesmo o discurso no Legislativo está se amainando – como escrevi na coluna Observatório (releia  aqui), descobriu que o eleitorado aceita e até vota em “afoitos” e “gritões” para a vereança, mas não para a Prefeitura.

 

Ricardo Jobim é uma liderança ascendente. Experimentado (e bem) como candidato a vice-prefeito na dobradinha com o PP de José Farret, em 2004, é o atual presidente da OAB em Santa Maria. E tem influência, sim, em Porto Alegre. Só é mais discreto, talvez. E tem ambições – o que é justo e o que se espera de quem faz política.

 

E tem também André Domingues. Parece o Alckmin, na comparação nacional. Teve resultado eleitoral pífio, como candidato a deputado estadual (como o candidato a presidente, que levou uma sova de Lula nas urnas). Mas é metido, no melhor sentido do termo. E longe está de burro, para usar uma linguagem popular. Tanto que, sem apoio local, foi em busca da região. E por ela está indicado (quem sabe até emplaca) para a coordenação da Fepam, vaga desde a sexta-feira passada (como você confere aqui).

 

Ok, ok, ok. Isso posto, e lembrando que os governadores paulista (Serra) e mineiro (Aécio) são as estrelas nacionais e os demais são pretendentes, o que fazer para ter um mínimo de unidade. Por exemplo: que tipo de oposição ser ao presidente Lula? Desbragada e algo ranzinza, para não dizer outra coisa, do PFL (aliás, DEM, a partir desta quarta)? Light, como alguns gostariam ou mais forte, como indica o temperamento, por exemplo, da governadora Yeda Crusius.

 

E o principal: que tipo de oposição deve ser feita e que se torne útil do ponto de vista eleitoral? Como saber? Simples (ou complicado, ou caro) fazer uma pesquisa. Ampla, muito ampla. É o que o PSDB Nacional decidiu fazer. E já deve ter aprovado (isso aconteceria na noite desta terça) inclusive o questionário.

 

Quer dizer, para resumir: o tucanato busca seu rumo. Hoje não sabe qual. Quem sabe dentro de alguns meses, quando o trabalho dos entrevistadores estiver concluído isso seja possível. E possa balizar, também, o PSDB de Santa Maria. É aguardar, para conferir.

 

SUGESTÃO DE LEITURA  leia aqui a nota “PSDB faz pesquisa para ajustar discurso anti-Lula”, publicada pelo jornalista Josias de Souza em sua página na internet.

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