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UFSM (2). Servidores acompanham greve de outras 23 instituições. Saiba o que eles estão reivindicando

Recebi, no meio da tarde desta quinta-feira, material produzido pela assessoria de comunicação da Associação dos Servidores da UFSM – em greve desde segunda-feira. A Universidade Federal de Santa Maria é uma das 24 que já aderiram ao movimento liderado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra).

Mas, o que pretendem os grevistas? De acordo com o texto, nesta campanha salarial emergencial 2011, as reivindicações são “reajuste salarial, piso de três salários mínimos e step 5%, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no Anexo IV (incentivos de qualificação), devolução do VBC – vencimento básico complementar, isonomia de benefícios e abertura imediata de concursos públicos via Regime Jurídico Único, além da defesa dos Hospitais Universitários com atendimento 100% SUS.”

A seguir, com uma série de tópicos informativos, acompanhe a íntegra do material da assessoria da Assufsm:

Greve dos técnico-administrativos da UFSM 

Após deflagração de greve aprovada em assembleia realizada na segunda-feira (6) pela categoria dos técnico-administrativos da UFSM, na terça-feira instalou-se um comando de greve na Assufsm. As primeiras discussões do comando buscaram a organização das atividades de greve e agenda de reuniões com os setores da universidade. Três representantes da UFSM participam do Comando Nacional de Greve e acompanham as mobilizações em Brasília. 

Serviços – Na UFSM os setores estão aderindo gradativamente à greve. Ontem, o Comando de Greve realizou reuniões com a direção do Restaurante Universitário e com o Reitor da UFSM Felipe Müller na qual ficou decidido que o RU do Campus manterá as atividades até esta sexta-feira. No primeiro dia de greve os serviços prestados pelo Protocolo e Imprensa Universitária (Gráfica) já foram fechados. Ontem, os servidores da biblioteca e Coordenadoria de Comunicação Social também aderiram à paralisação.

No HUSM, após reunião realizada no fim da tarde de ontem (quarta-feira) entre o comando de greve  e direção do Hospital, definiu-se que as escalas de atendimento serão mantidas e o processo da greve será construído de forma gradativa, com diálogo entre direção, unidades e comando de greve.

Será instalado um ponto paralelo no comando e em todas as atividades de greve. O processo eleitoral para os conselhos superiores e CPPD da UFSM foi suspenso a pedido da categoria dos técnico- administrativos em Educação, com apoio da SEDUFSM. 

Hoje (quinta), técnico-administrativos do CESNORS estiveram em reunião com o comando de greve para esclarecimentos. A partir de amanhã (sexta) já devem começar a adesão ao processo em Palmeiras das Missões e Frederico Westphalen.

Atividades de greve – Diariamente o comando de greve se reúne na UFSM para definir atividades e reuniões de mobilização e esclarecimentos nos setores. Assembleias temáticas devem ser agendadas semanalmente para as discussões internas da pauta de reivindicação. No dia 14, às 8h30min acontece a primeira Assembleia de Greve no auditório do Centro de Saúde. No dia 16, um grupo de servidores da UFSM participa da Caravana do Funcionalismo Público, em Brasília.”

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5 Comentários

  1. Faço, ainda, um comentário: me parece que as discussões entre os técnicos administrativos em educação são bem mais politizadas que as dos docentes. A preocupação política, conceitual, filosófica com relação ao papel da universidade estão muito mais presentes nos dicursos daquela categoria, que já admirava e que agora tomo como referência. Eles (os TAs) se “matam” em discussões, brigam, discordam e estão sempre em movimento…são e se mantém vivos.

  2. @Jaci Borreau Há tempos que o governo neoliberal (tucanos e petistas, que deram continuidade ao modelo) implantaram nas universidades públicas o processo de “produtivismo”, ou seja, de premiação aos professores que mais apresentarem páginas em seus currículos lattes. É óbvio que o modelo é falho, não observa conteúdos, o que leva ao aproveitamento (dados do próprio MEC) de menos de 10% dos projetos financiados. Menos da metade disso, são registrados no eixo Rio-São Paulo, e os demais (3, 4%), esparramados por todo o Brasil. Assim, esse programa de méritos colabora para que mais de 90% dos projetos financiados são signifiquem produtividade científica, já que se perdem em gavetas por absoluto desinteresse e foram apenas guindados ao status de pesquisa pelo programa de pontuação. Ou seja, o processo é quantitativo e não qualitativo… A questão é que são projetos financiados por órgãos como CAPES, CNPq, Fapergs, com bolsas de estudo que foram utilizadas (e ainda são), como complementos de salário (o salário de um professor da federal, apesar da lenda e da lembrança de velhos tempos, está desvalorizado). Esses organismos financiadores, que não fazem parte do corpo da universidade, impõe condições para o patrocínio (aliás, de forma tão tirânica, que rompem com a autonomia universitária ao moldarem programas, ementas, políticas educacionais internas, sob a troca desses recursos), além de manterem cronogramas e/ou calendários próprios, a despeito do calendário letivo. Nos processos grevistas, evidentemente, a paralisação deveria ser total…não só interrompendo as aulas, mas todo o sistema sob o trinômio ensino, pesquisa e extensão. Mas, diante da ameaça de perda dos recursos, os docentes mantém suas atividades nos projetos. Perceba, que esses órgãos tem um papel político de interferência na vida acadêmica e são utilizados como rédea para conter a greve. Infelizmente, muitos docentes curvam-se, escondendo-se atrás de supostas críticas à greve e a continuar mantendo suas bolsas (que não são incorporadas ao salário, logo, o benefício é temporário). Ao mesmo tempo, esses docentes enfraquecem as negociações com o governo, o que tem causado – por exemplo – o distanciamento salarial entre ativos e aposentados. Muitos esquecem que não se aposentarão com a integralidade do salário, mas apenas com o salário básico, que significa apenas (aproximadamente) 1/3 do salário bruto.

  3. Uma pergunta: quando um professor entra em greve: Por que ele não para TAMBEM suas pesquisas e extensão e prestação de serviços?
    Afinal ele tem contracheque de professor para fazer os tres, mas na hora da greve só para o atendimento para os alunos.
    Pesquisa segue firme, alguns departamentos seguem vivos
    N4ao é incoerencia. Que façam greve plena.
    A reitoria deveria fechar portas e desligar disjuntores de todos os prédios de departamentos em greve,
    PELO FIM DAS GREVES PARCIAIS. Os funcionàrios parecem mais coerentes, Quando param, PARAM. Parabéns a ASSUFSM pela coerência. Pelo fim da greves seletivas do SEUFSM!

  4. A principal motivação para a greve é a falta de uma política salarial. Infelizmente o governo brinca com os funcionários públicos, pois não tem data base para os mesmos. A inflação está aí, e os funcionários não tem nenhuma perspectiva de receber, pelo menos a inflação (recompor os salários). Vai passar 4 anos sem aumento????

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