Os miseráveis. Chega a 57 milhões o número de brasileiros que vivem com até R$ 175 por mês
O ministério da Previdência constatou, com base em números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE, que 21,9 milhões de brasileiros deixaram a linha de pobreza no País. Os doutos creditam, e até nem estão errados, essa suposta vitória aos programas sociais e aos benefícios pagos pela Previdência.
Entendem mais, os porta-vozes da Previdência oficial: se não existissem esses recursos, o número de miseráveis seria de exatos 79,7 milhões de brasileiros. Ou algo como 43% da população brasileira. Donde se deduz, aritmeticamente, que sobram 57,8 milhões em condições de pobreza.
Aí começa a minha discordância. Como é possível acreditar que sejam simplesmente pobres aqueles que, pela demarcação do IBGE e interpretação da Previdência, ostentam renda máxima de R$ 175 mensais? Na verdade, mais que pobre, esse contingente, que beira os 31% da população, tem outro nome: miseráveis.
Ok, ok, ok. Saúde-se a mudança de vida, para melhor, desses quase 22 milhões. Mas não se queira vender a idéia de que os demais são apenas pobres. Que se lembre a importância dos benefícios sociais. E eles são mesmo importantes. Mas, com certeza, a insuficiência também é óbvia. É preciso avançar. E bastante, para que não se ilustre o fato de que os miseráveis somem apenas um terço da população.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem Previdência e assistência social retiraram 21,9 milhões de brasileiros da pobreza em 2006, de Isabela Vieira e Wellton Máximo, da Agência Brasil.
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