Juros. Manter taxa elevada é pretender apagar incêndio com gasolina, entende comentarista
Ainda está causando furor nos meios empresariais a decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central dirigido por Henrique Meirelles (na foto de Wilson Dias, da Agência Brasil) que, na semana passada, manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%. Aliás, uma atitude que vai na contramão do que o planeta inteiro está fazendo: baixando juros para estimular o crescimento econômico (ou, no mínimo, evitar a recessão), pois a inflação está controlada.
Agora, segundo é possível entender, há a previsão de que em 2009 os juros vão paulatinamente (mas de forma sempre tímida) baixar. E agora, como fica? A propósito da decisão do Copom, acompanhe o comentário de Cristóvão Feil, da Chasque Agência de Notícias. É, inclusive, o que este (nem sempre) humilde repórter também pensa. Confira:
A contradição do Banco Central e dos juros altos
Depois de quatro horas de reunião, na noite da última quarta-feira (10), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) resolveu desafiar todo mundo no Brasil. Do presidente Lula aos empregados da indústria, da agricultura e do comércio e manteve a taxa básica dos juros em 13,75%. Um absurdo. A manutenção das taxas dos juros nos mesmos patamares altíssimos significa na prática a aumentá-lo. Veja porquê.
Se os juros dos Estados Unidos, dos países europeus e da Ásia, incluindo o Japão, foram diminuindo nos últimos três meses, e se o Brasil resolve ficar na contramão mundial, logo a manutenção nos 13,75% é o mesmo que aumentá-lo. Com essa medida desafiadora, o Banco Central se descola cada vez mais do Brasil real e do mundo real preferindo ficar numa bolha artificial e distante de tudo.
Com isso, estará querendo pagar incêndio com gasolina porque esses juros altíssimos irão refletir o aumento do desemprego, na queda da renda dos assalariados, em demissões na indústria, no campo e no comércio e no setor de serviços. Juros altos é remédio para quando há forte expansão da atividade econômica e que pode provocar aumento inflacionário. o que não é absolutamente o caso presente. Nem no Brasil, nem no resto do mundo…
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do comentário A contradição do Banco Central e dos juros altos, de Cristóvão Feil, da Chasque Agência de Notícias.
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