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Mídia grandona. O “pau” em Sarney, o esquecimento de outros milagres. Ah, e tem o caso Ibsen

A memória da mídia grandona (e também da que se acha), como se sabe, é seletiva. E, acrescentaria este (nem sempre) humilde repórter: segue conveniências nem sempre em acordo com o interesse da sociedade. Mas isso é outra história. Fiquemos com o que escreve, na seção “Circo da Notícia”, do sítio especializado Observatório da Imprensa, o experientíssimo (inclusive com passagens por postos impostantes da MG) Carlos Brickmann.

 

São vários os assuntos sobre os quais ele se manifesta. Mas o principal envolve o “pau” (merecido, não se negue) recebido neste momento por José Sarney. E também a interpretação para o apoio de Lula ao presidente do Senado. E algumas lembranças, como o caso em que teve em Ibsen Pinheiro uma vítima da mídia. Mas tem outras coisas também. Trechos da seção você confere a seguir:

 

”… Riscando o cavalo, tinindo as esporas

E lá vai a imprensa em louca arrancada, tendo agora como alvo o senador José Sarney. É um bom alvo: oligarca assumido, coronel do Meio-Norte, nomeador de parentes, distribuidor de concessões de rádio e TV, adesista contumaz, daqueles que têm posição firme, sempre ao lado dos governos. Não importa que o eleitorado volúvel mude de posição: ele será sempre íntimo dos palácios, ocupe ou não um cargo de direção...

Não se fala do senador que foi com a namorada a Paris, com passagens pagas pelo Tesouro; enfurnou-se convenientemente a farra da verba indenizatória, as notas fiscais suspeitíssimas. Há total silêncio sobre a Gráfica do Senado. Aliás, de onde saíram os dólares na cueca? E o dinheiro dos aloprados? E os seguros de saúde exclusivos para senadores, distribuídos à vontade para tantos não-senadores? Ninguém está recordando os parlamentares que foram publicamente acusados de estar a serviço de um banqueiro, Daniel Dantas, do Grupo Opportunity – e que foram chamados de “bancada de Daniel Dantas”, tão íntima a ligação com ele que lhes é atribuída

 

“…A palavra do presidente

Ao defender José Sarney, o presidente Lula pode estar equivocado – e provavelmente está – colocando o cálculo político acima dos princípios. Mas está correto ao dizer que a imprensa quer condenar antes de o processo acontecer corretamente, e que “os jornais realizam julgamento prévio”.

Deixemos um pouco de lado a questão atual e lembremos outras – o mensalão, por exemplo. Os meios de comunicação usavam “mensaleiro” como adjetivo para todos os parlamentares acusados, sem se preocupar se seriam condenados ou não. Parlamentares acusados em outros casos (e posteriormente absolvidos em todas as instâncias, como Alceni Guerra e Ibsen Pinheiro) foram condenados e fuzilados pela artilharia da imprensa antes que qualquer tribunal se manifestasse. Ibsen, que chegou a ser cotado para a Presidência da República, é hoje deputado federal; Alceni, que era uma estrela em ascensão, teve a carreira política prejudicada por uns 15 anos. Seus sonhos de governar o Paraná se tornaram de dificílima realização…”

 

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