O último encontro municipal do PT, com expressiva participação, indicou maioria expressiva para a corrente PT Amplo, que tem no deputado Paulo Pimenta a maior liderança. Depois, pela ordem, vieram (em votos) as correntes PT de Lutas e de Massas (deputado Fabiano Pereira) e Construindo um Novo Brasil (Valdeci Oliveira).
A pergunta é: até que ponto esse resultado, de dias atrás, é indicativo de que será essa a correlação de forças em outubro, quando ocorre a eleição para as direções municipal, estadual e federal? Muito provavelmente, sim. E bastante apropriado afirmar que Pimenta (e sua tendência) pode contar com uma vitória. Ou, observando de outra forma, o deputado federal petista tem tudo para ser o grande eleitor do novo presidente municipal. E é basicamente, na opinião claudemiriana, essa maioria obtida no Encontro passado, o fator determinante para acreditar que seja muito improvável um superacordo. Isso porque há um pleito estadual e outro, nacional, exatamente no mesmo dia.
Se em Santa Maria até haveria possibilidade de um “chapão”, os grupos principais estão divididos no Estado (Pimenta e Fabiano apóiam Raul Pont e Valdeci fecha com Marcel Fizzon) e também em nível de Brasil. Cada um dos três, salvo mudança que ainda pode ocorrer, terá candidato diferente à presidência do PT nacional.
Logo, ouso repetir o título desta nota: é muito improvável que ocorra um acórdão capaz de impor, por exemplo, uma chapa única – quem sabe admitindo a correlação de forças de pouco tempo atrás, com a distribuição dos cargos proporcionalmente. Mas, em se tratando de PT, também não é impossível. Como me disse um aliado de Valdeci Oliveira, para ficar numa única opinião, até metade de setembro, quando as chapas terão que ser inscritas, tudo pode acontecer. Inclusive nada.
EM TEMPO: as outras correntes com vida própria em Santa Maria, embora consideradas importantes por todos os protagonistas, não têm o poder de mudar a correlação hoje existente.
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