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OBSERVATÓRIO. Na Câmara, a CPI da Kiss virou o ponto de partida para mudanças. Já o da chegada…

CPI da Kiss, o ponto de partida. Já o de chegada... Bem, isso ainda é impossível prever
CPI da Kiss, o ponto de partida. Já o de chegada… Bem, isso ainda é impossível prever

Não se cogita, neste espaço, tratar da forma, digamos, exótica que levou a criação de uma CPI sob forte suspeita de que servia só para blindar possíveis dificuldades da prefeitura. Também não se refere, aqui, à gravação (que o colunista chamou de assombrada) que permitiu conhecer, inclusive, como se “comportam” uns e outros  quando supõem não haver testemunhas – que, hoje, se contam aos milhares, entre os que ouviram o conteúdo.

Não. Não é disso que se trata. Mas das decorrências. A principal, não há dúvida, foi a ocupação do território parlamentar, por militantes sociais e políticos e familiares de vítimas da tragédia de janeiro – estes últimos com todos os motivos do mundo para suspeitar que o visto não era o previsto e o ouvido era o indesejado.

Outra, acessória talvez, foi o desmoronamento político (embora não numérico) de uma aliança. Esta se viu frágil, na medida em que um de seus pilares, o presidente da Casa, se vê acossado pelos “parceiros” que o querem ver longe do cargo. Algo que, por sinal, só acontecerá se ele quiser. E ninguém mais.

Para além disso, que se registre, os episódios recentes também permitiram ver que a oposição resolveu agir. O que é bom. Não para o governo, mas para a sociedade democrática – que, afinal, precisa de contraponto e não do “sim, senhor”. É verdade que o PT, partido majoritário no oposicionismo está discreto. E, incrivelmente, o protagonismo vem de um ex-parceiro do governo, o PSDB, e do partido de um homem só, o PPL. Mas é oposição. E dá trabalho. Como deve ser.

Não se sabe, ainda, como terminará tudo isso, inclusive por conta da apuração de possível desvio de conduta ética. Que, aliás, acabará arquivado pelo plenário. Se a ele chegar. Mas o certo é que, depois de década e meia de pasmaceira, pelo menos algo acontece no Parlamento. E não é ruim, não. Pode apostar.

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