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CINEMA. “Lula, o filho do Brasil” é só um filme. Mas, se forem politizá-lo quem ganha é o protagonista

“Lula, o filho do Brasil” deve ser avaliado como filme. Apenas isso. Será?
“Lula, o filho do Brasil” deve ser avaliado como filme. Apenas isso. Será?

Tem horas que penso ser muito chinfrim a oposição ao governo federal e, espeficicamente, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, temos o filme sobre a vida dele – que, qualquer mentecapto sabe, deve ter lá suas “licenças poéticas”. Afinal, o objetivo é homenageá-lo, se possível com um trabalho decente. E, ao que parece, esse quesito foi preenchido com louvor.

O sujeito (apesar de alguns entenderem o oposto) tem suas falhas. Muitas até, quem sabe. Algumas delas, taaaalvez, sejam citadas no filme. Mas nada além disso. Agora, querer transformar a obra em algo nocivo ao Presidente é de uma estupidez tamanha que custo a crer insistam nisso. Ao contrário, penso que só servem para levar mais gente ao cinema, provavelmente gostar e, ao inverso do objetivo dos detratores, elevar o protagonista.

E a mídia, para variar, está caindo nesta. Ou, o que não é de se desconsiderar, aderindo à idéia. Nada mais boboca. E, pior, provocando efeito inverso ao desejado.Aí, embora o homem não tenha entrado em considerações políticas, concordo com o jornalista Carlos Brickmann, que assina a seção “Circo da Notícia”, no sítio Observatório da Imprensa. Leia e tire tua própria conclusão. A seguir:

“…É apenas cinema

As reportagens que buscam mostrar que o filme Lula, o Filho do Brasil não é fiel ao livro que o gerou (embora tanto o livro quanto o roteiro do filme sejam obra da mesma pessoa, Denise Paraná, profunda conhecedora do presidente) têm um problema congênito: livro é livro, filme é filme. Os Dez Mandamentos não são apenas uma versão filmada de parte da Bíblia; são uma recriação, com novos diálogos, com novas cenas, com cenas cortadas. À Noite Sonhamos é uma biografia romanceada de Frederic Chopin, mas não é, cena a cena, o retrato de sua vida. Scarface é a vida de Al Capone, mas não exatamente como ela foi. Imaginemos: Al Capone se levanta, vai ao banheiro, toma banho, penteia os cabelos, escova os dentes, vai ao gabinete da ministra chamar o Alfredo, troca o pijama pela roupa de trabalho, verifica se as armas estão lubrificadas e municiadas, e isso todo santo dia. Não há espectador que aguente. E filme não pode durar o dia inteiro.

Reclamar que o filme não conta que Lula, então presidente do sindicato, demorou alguns dias para devolver os documentos de Mariza Letícia, pois estava interessado em encontrá-la mais vezes, ou omitir conversas com autoridades, ou modificar nome e personalidade do presidente anterior do sindicato, tudo isso é licença cinematográfica. É como, nos filmes de faroeste, o armamento do mocinho, que dispara dezenas de tiros sem necessidade de recarga. É como, em Casablanca, o momento em que os franceses desafiam os oficiais alemães cantando a Marselhesa e ninguém é fuzilado.

O filme pode ser bom, pode ser ruim. Mas deve ser avaliado como filme, não como documentário, não como retrato fiel da realidade até os mínimos detalhes. Ovo não tem pelo. Ou, para buscar um ditado mais recente, gato não põe ovo…”

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Um Comentário

  1. sem maldades mas porque não fizeram um filme do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso poderia se chamar “FHC o EXTERMINADOR DE ESTATAL´´

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