COLUNA OBSERVATÓRIO. “João Carlos Maciel e Cláudio Rosa e como tornar não dito o que foi dito”
Ao bônus se contrapõe o ônus. E ambos fazem parte da vida de quem está no governo. Por essas e outras, Cláudio Rosa e João Carlos Maciel, ambos grandes nomes do PMDB, terão muito o que se explicar, se mudarem de idéia – seja qual for o argumento
O leitor duvida? Então confira uma frase (das publicáveis) de Rosa, ditas em 22 de dezembro de 2005, antes de recusar a CIP proposta por Valdeci Oliveira, conforme o noticiário da época: “Essa taxa vai se tornar uma prestação fixa…a cobrança não vai resolver o problema de iluminação pública em Santa Maria“. Pooois é!
Não é de surpreender que tenham mudado de opinião… Na política o que se diz um um determinado tempo não vale para outro…Vejam exemplos clássicos: FHC pediu que as pessoas esquecessem tudo aquilo que o sociólogo Fernando Henrique havia falado no passado… Lula enquanto metalurgico, sindicalista e pseudo defensor das teses da esquerda tecia críticas ácidas sobre a administração neoliberal do tucano mor…Bastou assumir o poder para fazer tudo igual ao seu antecessor… Outro exemplo, não tão comentado, porém não menos clássico: O auto intitulado bastião da moralidade gaúcha, Sr. Pedro Simon, enquanto senador da Republica Federativa do Brasil cobra (justamente, diga-se de passagem)rigidez na apuração de escândalos envolvendo o Palácio do Planalto e arredores, porém torna-se completamente miope quando esses mesmos escandalos envolvem pessoas do seu partido (Marco Alba, Alceu Moreira, Eliseu Padilha…envolvidos até o pescoço nos escandalos da operação solidária) ou apoiados por ele (YEDA CRUSIUS…Caso Detran…).
Então, como vimos, a política é a arte da negação… Nega-se tudo…ideais, conduta ética, projetos, visão de mundo…até as verdades que parecem mais óbvias são negadas por esses senhores acima citados…