O governador do Distrito Federal, ex-senador flagrado na chamada “fraude do painel”, junto com o cacique Antonio Carlos Magalhães, e único executivo provincial do DEM, José Roberto Arruda se desmilingue. Diz que não vai renunciar, muito menos deixar seu partido, embora as evidências colhidas na operação Caixa de Pandora, produzida pela Polícia Federal e que o flagrou recebendo troco grosso de forma ilegal. E imoral ao extremo – mostrando que o glorioso Democratas não é exatamente assim tão glorioso, inclusive com um de seus principais quadros, e até cotado para ser candidato à vice-presidência da República.
Mas, qual a solução? O veterano jornalista Carlos Chagas, que produz coluna de opinião diária na PÁGINA de internet de Cláudio Humberto Rosa e Silva, propõe algo tão radical quanto irrealizável. Mas, vá lá, aponta suas razões. Quer conhecê-las? Confira o texto publicado nesta terça-feira. A seguir:
“Só a intervenção federal resolve…
…”Para encurtar a crônica do horror, chegamos aos tempos atuais, quando um senador eleito por Brasília foi cassado por corrupção e dois renunciaram para não perder o mandato, pelos mesmos motivos – coincidentemente um que havia sido governador e outro que seria depois.
Nem é preciso repetir o noticiário dos últimos dias, revelando a existência de um novo mensalão, agora conduzido pelo atual governador, com milhões distribuídos a deputados distritais, secretários de estado e até membros do Judiciário, em quantidades tão grandes a ponto de alguns esconderem dinheiro na meia, como foi registrado. A lama escorre pelas avenidas da capital federal, independentemente de partidos políticos, classe social ou poder econômico.
Todo esse preâmbulo se faz a propósito de uma dúvida que ressurge: Brasília deveria continuar a dispor de representação política, com governador eleito, deputados distritais, deputados federais e senadores? Ou melhor seria retornar, por um certo prazo, aos tempos em que os administradores eram nomeados e dispensados pelo presidente da República?
Não se chegará ao exagero de concordar com quantos paulistas e cariocas sugerem cercar o Distrito Federal com arame farpado e gritar “Teje todo mundo preso”. Afinal, exceção das quadrilhas que nos dominam, a maioria dos cidadãos que aqui trabalham é honesta. Apenas, perderam o controle da cidade para velhacos e demagogos agora expostos em abomináveis práticas.
Solução há, ainda que cirúrgica: a intervenção federal. A adoção pelo presidente da República, com a anuência do Congresso, da drástica fórmula de suspender todos os mandatos e impor uma administração de emergência por prazo razoável, a fim de drenar a sujeira acumulada ao longo dos últimos anos…”
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Isso mesmo Jader, tens toda razão. Se esses safados estão na política é pelo voto e alguém vota nesses larápios.
O problema maior é esse. È algo como corruptor e corrupto.Se não existisse um certamente o outro não viveria.
Penso que votar nessas figuras carimbadas da política, seja nacional, estadual e ou local, é pedir para ser roubado.
Mesmo assim, continuo confiando no voto e na participação popular como forma de melhorar a sociedade.
Claudemir! O que mais me impressiona não o fato de os políticos continuarem roubando descaradamente como é o caso dessa figurinha carimbada chamada Arruda. O que impressiona e causa espanto é que o povo vota nessas aberrações que através do passado já demonstraram a sua índole. Se o Roberto Jefferson e o José Dirceu não tivessem inelegíveis (pena que não por toda a vida), com certeza estariam lá no Congesso Nacional ditando moral e ética. Como prova disso, vide outras figurinhas como o próprio Arruda, o Genoíno, o Azeredo e tantos outros que hoje andam em Brasília como se fossem as mais engelicais e inocentes criaturas da Terra. Mas, o culpado de tudo isso, somos nós mesmo que ainda os elegemos ao invés de lhes darmos um ponta-pé no trazeiro.