SUCESSÃO GAÚCHA (2). No cenário atual, gostem ou não, Pozzobom, Tubias e Farret serão adversários

Não que seja uma novidade. Aqui e na coluna Observatório, do jornal A Razão, não uma mas várias vezes, se advertia para essa possibilidade concreta: o prefeito Cezar Schirmer ter que conviver, em 2010, com três candidaturas competitivas, se obrigando, mesmo sem ser do seu gosto, a se definir por um nome. E este, no caso, como sabem até as pedras, flores e brinquedos alojados nas praças e/ou ginásios da cidade, é o de seu próprio partido. No caso, Tubias Calil. Que, ainda por cima, é seu afiliado político.

Assim, José Farret, do PP, teria no máximo (o que não é pouco) o respeito do prefeito. Mas não o voto, menos ainda o espaço político. E, mesmo que Jorge Pozzobom, do PSDB, seja candidato a deputado federal, até para não incorrer em infidelidade partidária, Schirmer também será obrigado a dar guarida a nomes peemedebistas. E Osmar Terra, aparentemente, é o que tem a preferência de boa parte do partido, na cidade e do próprio prefeito – que tem um de seus principais assessores, o ex-presidente municipal do PMDB, Renato Nicoloso, no estafe de campanha do secretário estadual de Saúde.

Não bastasse essa dificuldade óbvia de convívio na campanha eleitoral, os fatos recentes se encarregam de trazer à luz (nada a ver com a CIP, por favor) um problema adicional: os três candidatos locais vinculados ao governismo estarão separados na disputa estadual – como você pode ler, com mais detalhes, na nota publicada há pouco, imediatamente abaixo.

De um lado, Pozzobom e Farret, provavelmente apoiando a chapa liderada por Yeda Crusius, do PSDB, com um nome do PP (Celso Bernardi?) para vice. E, de outro, Tubias (e Terra) fechando com José Fogaça. Adversários que, conforme o entendimento de Yeda, disputam apenas uma vaga para o segundo turno – a outra seria do petista Tarso Genro (e de Paulo Pimenta, Fabiano Pereira e Valdeci Oliveira, candidatos a deputado por Santa Maria.

RESUMO DA ÓPERA: gostem ou não, Tubias e Pozzobom/Farret serão adversários. E, enquanto isso, Cezar Schirmer tem uma prefeitura para tocar. Pooois é!