Eleições 2010

BOM DEBATE. Chile e Brasil, as diferenças. Afinal, Lula transfere votos ou não?

Ele vai com tudo por Dilma. E ela não teria se empenhado tanto por seu candidato. Será?

A verdade, verdade, verdade verdadeira é que ninguém sabe se Luiz Inácio Lula da Silva conseguirá ou não transtormar sua imensa popularidade em votos para a candidata do governo, Dilma Rousseff, no pleito deste glorioso 2010. Só mesmo com o correr da campanha e, provavelmente, no fim da tarde de 3 de outubro se terá a resposta objetiva, certeira, definitiva.

Até lá, o muito que se vê, escuta e lê são – com as exceções que confirmam a regra – apenas comentários de torcedor. Ou, para os mais honestos, puro achismo. Então, quando surge um suposto caso em que uma teoria é “confirmada”, o fato é realçado por seus defensores. Mesmo que com riscos de confrontar a realidade. E isso há para todos os lados – não pense haver inocentes nisso aí.

Agora, temos o Chile. E, supostamente, a presidente Michele Bachelet não transferiu seu potencial (semelhante ao de Lula) àquele que seria seu candidato na eleição da semana passada. Será meeesmo? Encontrei uma avaliação honesta e, penso, mais real disso tudo. Foi feita pelo jornalista Paulo Moreira Leite, da revista Época – editada pelas Organizações Globo. Creia, vale a pena ler. Ah, a foto (de arquivo) é de José Cruz, da Agência Brasil. Confira:

O Chile, o Brasil e o amanhã

A oposição brasileira fez brindes discretos à vitória do conservador Sebastián Piñera nas eleições chilenas. Embora a presidente Michele Bachelet tenha índices de popularidade alguns pontos acima do presidente Lula, o candidato do governo foi incapaz de ganhar a eleição. Perdeu no primeiro turno por larga margem e foi derrotado no segundo por uma diferença consistente, ainda que pequena.

No esforço para estabelecer semelhanças e diferenças entre a situação chilena com a brasileira e daí procurar lições para a sucessão presidencial em outubro, o melhor argumento cabe a Janio de Freitas, em sua coluna da Folha de hoje (quarta, 20).

Ele não só recorda que Bachelet foi uma cabo eleitoral pouco empenhada na vitória de seu candidato, Eduardo Frei, mas também menciona uma diferença  estrutural importante entre os dois países: o tamanho do Estado e o peso da máquina no pleito. “A máquina e o peso do governo não foram fatores eleitorais no Chile. No Brasil de Lula, são o principal fator.”

Há outro elemento, ainda – a comparação entre os candidatos. Se boa parte dos eleitores escolhe seus candidatos a partir de uma visão de mundo comum, e entra no pleito com a definição já pronta, uma fatia considerável aguarda pela campanha antes de se resolver. Num pleito equilibrado, esses votos podem ser decisivos.

Na conquista desses eleitores, o que ajuda cada candidato é a capacidade de dar respostas a questões fora do programa, a competência para cortejar as fileiras adversárias e permitir um tipo de comparação em assuntos que podem ser secundários para muitas pessoas…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SUGESTÕES ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras análises produzidas pelo jornalista Paulo Moreira Leite, da revista Época. E leia também a REPORTAGEM “Vitória da oposição no Chile anima PSDB”, de Ana Flor e Thiago Guimarães, na Folha de São Paulo.

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Um Comentário

  1. O melhor candidato é aquele que demonstra de forma clara e objetiva que tem condições de administrar o País. Essa demonstração pessoal somada ao programa de governo e as relações políticas é que deveria eleger um candidato e não a esperança de transferências de votos. A candidatura deve andar por suas próprias pernas e convencer a maioria dos eleitores votantes da importância de sua eleição.
    Essa questão de transferência de votos do Presidente Lula para a candidata Dilma e reducionista. Serve para questões eleitorais, mas não serve para o País. Acredito que a candidata Dilma Rousseff tenha condições suficientes de conquistar os votos e não, simplesmente, recebê-los como herança!
    Isso é negar a importância que o presidente Lula, e principalmente o seu governo, terá nas próximas eleições? De forma alguma! É somente um ordenamento pessoal sobre a importância dos fatos.

  2. Na linha do Márcio Dutra, acho que a questão não é se o LULA transfere e sim, se a situação atual do país em todos os aspectos (pricipalmente se comaparada ao passado) transfere voto ou não.

  3. Espero que não demore muito para que o foco das análises mude. Ao invés de buscarem teorias para explicar a transferência (ou não) de votos do Presidente Lula para a candidata governista, que passem a analisar, de forma séria e responsável, a própria candidata, Sra. Dilma Rousseff. É isso que importa para o país.

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