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SEM OUTRA OPÇÃO. Schirmer se livra dos incompetentes, ou seu governo será medíocre. E ele já sabe disso

Schirmer (E), nos eventos da economia solidária, com os presidentes da AL, Ivar Pavan, e do Projeto Esperança, Irmã Lourdes Dill

Conversei com Cezar Schirmer, neste final de semana, no terminal de comercialização Dom Ivo Lorscheister. Foi uma conversa boa, penso. Pelo menos comigo, para os padrões do prefeito, longa. Com três ou quatro testemunhas, uma delas bem graúda. Outras da convivência diária com o comandante do Centro Administrativo Municipal.

Também papeei, no mesmo local, em dias distintos, com outras três pessoas importantes, no âmbito do Executivo. Com voz, ao menos. E que, imagino, a utilizem junto a Schirmer – reconhecidamente um centralizador que vai muito pela própria cabeça. Que pode ser boa, muito boa até, mas longe está de ser perfeita, como qualquer ser humano sabe.

De todos esses trololós recolhi uma sensação. E o que você lerá aqui não é informação, é bom que se deixe claro. Digamos que se trata, diante do que ouvi (e falei), de percepção sensorial. Isso existe, pode acreditar. E é essa percepção que passo ao leitor – que pode não acreditar, é um direito. Mas é o que obtive, de tudo quanto foi possível captar, nos encontros distribuídos entre a sexta-feira e o sábado.

1) Schirmer está no poder em condições muitíssimo melhores do que (pelo menos) seus quatro últimos antecessores. Ou, desde a primeira administração de José Farret, no início dos anos 80, um ano depois de o governo ser iniciado. Evandro Behr, Farret (outra vez), Osvaldo Nascimento e Valdeci Oliveira – pela ordem de entrada – encontraram, no primeiro ano de gestão, uma prefeitura falida. Não raro com extremos problemas de caixa. O exemplo mais recente é Valdeci – que assumiu tendo que pagar três folhas de pagamento, inclusive o 13° salário. Na contrafação, o atual prefeito encontrou o caixa em condições minimamente razoáveis e, melhor, com muito dinheiro para entrar, fruto de projetos iniciados por seu antecessor.

2) O atual prefeito, afora o discurso público (que não poderia ser outro), sabe que fez muito pouco no primeiro ano. Muito menos do que ele próprio imaginava. Aliás, chamou a atenção a observação feita por um militante unha e carne do PMDB do prefeito, dia desses: “nooossa, como é difícil administrar uma cidade como Santa Maria”. Só rindo, cá entre nós. Deveria saber disso, antes da empreitada.

O que se supunha pudesse acontecer, não aconteceu. Raquítico em realizações que de fato impactem no dia-a-dia do santa-mariense. E desculpas sobre gripe A, chuvas e etc não colam no cotidiano do contribuinte. Sem falar na antipática (porém necessária) “taxa da luz”, instituída depois de o próprio Schirmer ter dito na campanha e logo ao assumir que era preciso ser “criativo”.

3) Cezar Schirmer sabe, e muito bem, porque o primeiro ano foi aquém do que ele próprio esperava – sem falar na esperança dos quase 60% de santa-marienses que nele votaram. A principal razão é a absoluta incompetência de sua assessoria em setores vitais. Ele não cita nomes. Ninguém cita. Mas basta ver o atraso (para não dizer paralisação) de alguns projetos para se chegar ao ponto. Isso sem falar noutro fator preponderante: para atender aos reclamos dos parceiros de longa data, e também ao interesse eleitoral próximo de uns e outros, encheu a administração de incompetentes ou, o que é pior, alguns inúteis, absolutamente inúteis. Que só oneram, não trabalham, não pensam, não agem e, portanto, atrapalham.

CONCLUSÃO: isso foi parte significativa do que recolhi, neste final de semana. Não foi tudo. E aos poucos alguma coisa mais vai surgir por aqui. De todo modo, dá para ter uma idéia do que acontece no governo da comuna, conforme a, repito, percepção deste (nem sempre) humilde repórter, nos conversês sexteiros-sabatinos.

E aí, o que vai acontecer, então? Não sei. Afinal, a decisão e as determinações cabem ao prefeito. Mas ele sabe muito bem onde estão os nós a ser desatados. E que precisa ser muito rápido. Do contrário, corre o risco de passar à história como o sujeito que teve tudo (em recursos, sobretudo) para fazer um grande governo. E fracassou.

CONCLUSÃO 2: aqui é mais um palpite do que uma conclusão objetiva dos papos de sexta e sábado. Mas é fato que, se dependesse do prefeito, a eleição para deputado já teria ocorrido. Afinal, ele está preso a ela até outubro – e já terá transcorrido metade do seu mandato. Não deveria, mas está. E isso também pode lhe ser fatal. E, pior, as perspectivas (otimismo público a parte) são tenebrosas para seus candidatos. Todos eles. E de partidos diferentes. Nem é bom pensar (deve raciocinar o prefeito) no que pode acontecer com a costura política do governo se todos fracassarem. Ou se apenas um, especificamente um, se eleger.

EM TEMPO: a foto que ilustra esta nota é de Daiani Ferrari, da assessoria de imprensa da Feira Mundial e do Fórum Social Mundial da Economia Solidária.

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Um Comentário

  1. @Jean Carlo Pra completar antes de analizar um secretario e dizer que ele é fraco devemos vereficar a copetencia do secretario e agredito que o nobre Ricardo Bier não tenha acompanhado o trabalho do Carvalho junior a onde estava pois seria muito bom que acompanhace o trabalho do secretario de Gestão ambiental antes de dizer que é fraquissimo pois conhesemos sua qualificação e copetencia cendo assim seria muito bom que antes de julgar analize o trabalho e acompanhe pois isto é seria realmente solutar e ético n devemos sair adirando sem conhecimento o devido conhecimento do trabalho das pessoas seja quem for um grande abraço e muita paz.

  2. @Ricardo Bieri dDiscordo Dde vc RICARDO quero lhes dizer que chamar um secretario que assumi a pouco
    tempo de fraquissimo isto demostra o sua maneira de ver e analizar as pessoas muito mediugre pois antes de dizer se alquem é fraco

  3. Bieri eu não esqueci, acontece que já fiz uma análise deste governo, seus secretários e secretarias em outra oportunidade quando demos nota, por isso não achei necessário refazer até porque não mudou nada desde aquela avaliação. No máximo piorou um pouco.@Ricardo Bieri

  4. o Jorge Pozzobon tem uma salinha no térreo onde era o arquivo antigamente. É só uma salinha e umas duas mesas. Mas prá fazer o que pretendem e com o orçamento que tem nem precisa mais nada. Quem sabe a Yeda manda umas sobras do governo do estado.@Ricardo Bieri

  5. o que eu estranho é que passado a campanha eleitoral (quando o então candidato dizia que no seu governo a competência seria o primeiro requisito), buenas agora se vê que o que mais tem é gente incompetente, e respondendo por pastas muuuuuito importante, sem falar que tem CC que é procurado na prefeitura e dizem que está em serviço externo o mais estranho é que você passa na frente da casa do sujeito e lá esta o pobre diabo tomando um chimarrãozinho com a patroa, ATENÇÃO aos coordenadores, diretores ou chefes fiquem de olho vivo pois 1 ano já se foi, faltam só eteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeernos 3.
    e aí vão entrar para a história como um governo que teve muuuuuuuito dinheiro para gastar e não tiveram capacidade de fazer.
    Isto não é fazer mais, isto não é fazer direito, isto á MAL FEEEEEEEEITO

  6. O “bravo” “super-Secretário” dos “Esportes, Lazer, Idoso, Criança, Jovens, Balonismo e Quetáis” é aquilo que todos sabemos, e está mais preocupado com a sua candidatura a deputado Estadual (que não vai levar), pois a população não esqueceu da malfadada e “malígna” CIP!

  7. Há, e já ia me esquecendo do secretário de “Relações Regionais”, o Jorge Pozzobon. Afinal, alguém sabe onde funciona esta dita “Secretaria”? Entro diariamente no site da Prefeitura, e não encontro um endereço, um telefone, um e-mail ou um local para entrar em contato com tão “dinâmica” secretaria, é TRISTE, muito TRISTE!

  8. Jean, não esqueça também dos secretários Sergio Renato de Medeiros (do Trânsito e Mobilidade Urbana), do Titi Roth (da Cultura), da Marta Zanella (da Assistência Social) e do novo secretário da Proteção Ambiental (Carvalho Júnior), que são fraquíssimos e até agora não mostraram por que e para quê vieram!

  9. eu estava lendo e analisando friamente a situação, que no mínimo é crítica. O Schirmer sabe que pode salvar este segundo ano de governo, mas para isso teria que cortar na própria carne, ou seja, tirar do governo pessoas que lhe ajudaram na conquista da eleição. Mas o que fazer?? O Schirmer sabe que seus Secretários são boas pessoas, mas como administradores são péssimos, sem criatividade (até porque esta sobrando dinheiro) e estão presos a fazer com que suas principais ações revertam votos para os candidatos do próprio governo. Uma vez fiz uma análise por secretaria e não vou repetir, mas continuo afirmando que o Antonio Carlos Lemos (Finanças), o Pippi Brizola (Administração e RH)e Nabr Fernandes (PAC) são os mais fracos, prá não dizer diretamente incompetentes. Mas é sempre assim, todos os governos, e o do Valdeci não foi diferente, tiveram Secretários amparados politicamente mas que na prática não sabiam nem porque estavam lá. Só que o cidadão, que paga seus impostos, não tem culpa e não pode mais esperar. Sugestão minha é que o Schirmer tome providências sérias e rápidas, caso contrário o tempo vai passar e ele vai sair e nnguém vai sentir saudade.

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