SEM PRECONCEITO. Uma penca de celebridades vai em busca de voto para o Congresso

Estamos quase na fase final da chamada “caça às celebridades”. É o momento em que os partidos, mais pensando nos votos do que no pensamento e programa ou qualquer coisa parecida com ideologia política, tenta cooptar figuras públicas para concorrer a um cargo. Até meados de junho, quando começam a acontecer as convenções, as siglas tentam atrair nomes conhecidos e com largo espaço na mídia, para convencer o eleitorado.

É um movimento nacional. Do Oiapoque ao Chuí. Do leste ao oeste. Nesse processo, o que não falta são nulidades. Mas que, enfim, podem trazer o que interessa à agremiação. Às vezes, até se combina visibilidade com conhecimento. É o caso da jornalista Ana Amélia Lemos, que longe está de ser uma nulidade – e que concorrerá ao Senado pelo PP gaúcho. Mas, e Danrlei de Deus, goleiro aposentado e grande ídolo dos gremistas gaúchos, terá preparo mínimo para ser deputado (federal, provavelmente, ou estadual) pelo PTB? Pooois é.

Ah, sobre essa tarefa dos partidos e alguns nomes já confirmados e que concorrerão com significativas chances de compor o parlamento, acompanhe a interessante reportagem produzida e publicada pelo sítio especializado Congresso em Foco. O texto é de Fábio Góis. A seguir:

“Kléber “Bambam”: do BBB para a Câmara dos Deputados?

Imagine uma sessão na Comissão de Constituição de Justiça da Câmara presidida pelo ex-craque Romário (filiado ao PSB). Em plena apreciação de uma proposta de interesse nacional relatada pelo também ex-jogador Edmundo (o “Animal”, membro do PP). Os dois discutem a inclusão de uma emenda proposta pelo Trapalhão Dedé Santana (PSC), radicalmente contestada pelo cantor e apresentador Netinho (PCdoB).

Diante do impasse, o humorista Sérgio Malandro (PTB) pede vistas (um tempo extra para analisar a matéria). Ainda que a imagem acima pareça remeter a um antigo episódio da Escolinha do Professor Raimundo, a situação não é totalmente improvável no ano que vem. Todas essas celebridades não apenas se filiaram a partidos políticos como pretendem disputar em outubro uma vaga na Câmara dos Deputados.
Desde que o cantor Agnaldo Timóteo levou um aparelho de telefone para falar com sua mãe em seu primeiro discurso como deputado federal em 1982, o número de artistas e celebridades que se aventuram no mundo da política só tem aumentado. Se antes do golpe militar de 1964, o máximo de fama fora da política que se poderia esperar eram escritores…”

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SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e publicadas pelo sítio especializado Congresso em Foco.

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