ELEIÇÕES 2010. À falta de um discurso, José Serra começa a atirar para todo lado
Pergunte ao seu vizinho, se ele dará seu voto a José Serra (ou a Dilma Rousseff ou a Marina Silva, ou a qualquer dos candidatos nanicos à Presidência) por causa da posição do tucano em relação à Bolívia. Ele, muito provavelmente, dirá: hein? Isso mesmo. Só uma (metaforicamente escrevendo) meia dúzia dará atenção a isso, na hora do voto. E ainda assim considerará irrelevante.
Dito isto, a opinião do tucano em relação a Evo Morales (para quem não sabe, é o presidente boliviano) demonstra apenas a inexistência de um discurso efetivo, capaz de captar a atenção do eleitorado. O que leva ao tiroteio a esmo, eventualmente chegando aos montes bolivianos.
Sou eu quem diz isso? Sim, mas não apenas. A propósito da falta de um mote efetivo para a campanha e, mais que isso, a dificuldade de encontrá-lo, acompanhe artigo publicado pelo repórter especial da Folha de São Paulo, Kennedy Alencar, na seção “Pensata”, na versão online da jornalão paulista. A seguir:
“Cadê o discurso?
Claro que a vaga de vice é um problema para a campanha do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Mas encontrar o discurso parece ser um problema ainda maior.
Até agora não existe um mote, uma ideia que sintetize a candidatura e que faça o grosso do eleitorado entender a razão de optar por ela.
Serra oscila entre maior e menor agressividade direta contra Dilma Rousseff e o PT, quase sempre poupando Lula. Há ataques a Lula, mas são cifrados demais para o grosso do eleitorado.
Alguns exemplos para não cansar. Insinuar que não teria boa relação com ditadores, porque Lula tem. Não lotear os cargos, porque com ele seria diferente, não teria essa coisa de ceder à fisiologia. Neste exemplo, o próprio Serra se esquece das boas relações que manteve e mantém com José Roberto Arruda e democratas, tucanos e peemedebistas que não ficam nada a dever à turma da pesada que apoia Lula.
Mas o que importa é que ele tenta ferir Lula. Discretamente, repita-se. Motivo: boa parte dos que hoje optam pelo tucano avalia bem o governo do presidente. Seria suicídio político brigar de frente com o petista.
Resta, portanto, bater no PT e em Dilma. Mais à frente, virá a chamada tentativa de desconstrução. Em outras palavras, ataques mais duros à pré-candidata do PT. Simultaneamente, fará um discurso algo doce para tentar mostrar a suposta superioridade no quesito preparo para governar. Mas, de novo, a pergunta: qual é o mote?…”
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