TAPANDO O NARIZ. Cada um com seu cada qual, Dilma e Serra aceitam apoios indigestos
O voto não tem cor, pêlo ou cheiro. E algumas cositas mas. É assim que todos os pretendentes a cargo eletivo são obrigados a entender os apoios que recebem durante uma campanha eleitoral. A questão é (e isso é só uma inflexão claudemiriana completamente descolada da realidade) saber o limite. Se é que há algum.
Aparentemente, não. E assim, Dilma Rousseff tem um Fernando Collor (cuja biografia não precisa reproduzir) para chamar de seu, da mesma forma que Serra se vê na contingência de acarinhar Roberto Jefferson – aquele dos não explicados R$ 4 milhões, como já escrevi aqui.
Sobre essas relações que só são possíveis (eu imagino, ao menos) numa campanha, é bastante interessante a reportagem assinada por Leandro Colon e publicada na versão impressa d’O Estado de São Paulo. Confira:
“Por voto, vale até apoio constrangedor…
A cerca de quatro meses das eleições, os dois principais pré-candidatos à Presidência, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), têm um ponto em comum: as alianças nacionais e regionais “envergonhadas”. São aqueles apoios constrangedores, mas necessários para a caminhada eleitoral.
Dilma já distribuiu afagos ao ex-governador do Rio Anthony Garotinho, pré-candidato do PR ao governo. Parte do PT não gostou e outra respaldou.
Garotinho e sua mulher, a ex-governadora Rosinha Matheus, são investigados por suposto envolvimento em corrupção, como o uso de ONGs para desvio de dinheiro público, entre outras suspeitas. Na quinta-feira, o casal foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio por abuso do poder econômico e uso indevido de meio de comunicação nas eleições de 2008. Se a decisão for confirmada, eles ficarão inelegíveis até 2011. Mesmo assim, Dilma quer os votos de Garotinho, embora caminhe para um apoio oficial à reeleição de Sérgio Cabral (PMDB).
Do Rio surge outro apoio incômodo, mas importante para José Serra: o do deputado cassado Roberto Jefferson, presidente do PTB. Ele denunciou o mensalão do PT, em 2005, e acabou sendo cassado por envolvimento no escândalo de distribuição de propinas. Agora, declarou apoio a Serra. Esteve no lançamento de sua pré-candidatura em Brasília…”
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