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MÍDIA. Se vai mais um ícone do jornalismo. Neófito Tanuri acaba com o JB

Nelson Tanuri: empresário que se especializa em comprar (e acabar com) jornais

O professor Paulo Roberto Araújo (que ainda está lá no curso de jornalismo da UFSM) tinha (talvez ainda tenha) como modelo, à época em que convivemos, lá pelos início dos 80, o Jornal da Tarde. Grandes reportagens, profissionais de talento, muitos até hoje brilhando nas redações, tudo isso junto e mais um pouco faziam a fama do JT, de São Paulo.

Mais tarde, na redação d’A Razão, convivi com os irmãos Luizinho e Celito de Grandi – aquele precocemente falecido, este hoje um escritor. A referência era outra, anterior. Tratava-se do Jornal do Brasil. Nos anos 50, nascido ainda no século anterior, o JB promoveu uma grande reforma, que mudou, além de si mesmo, o próprio jeito de publicar e fazer jornal no país inteiro. Isso é reconhecido até por quem não gosta dele.

Pois bem. Hoje, o Jornal da Tarde, ainda que tenha um bom visual (mas qual não tem ou não se esforça pra isso?), mudou totalmente, aderindo à pasteurização que faz de um jornal e outro algo absolutamente igual. Coisas da família que controla o grupo O Estado de São Paulo, o “pai” do JT. Ok, mas ainda está lá, a lembrar o que já foi.

E o Jornal do Brasil? Este acabou. Ou vai acabar. Que diabo! Quem assumiu foi um negociante. O mesmo que já havia sepultado outro grande da mídia econômica, a excelente Gazeta Mercantil. O convite para enterro deve sair a qualquer momento.

O pior, ou pelo menos o mais irônico (se é que dá pra usar a palavra), é que o pretexto é migrar para a versão online. Desculpa, pode até ser melhor, num futuro (não posso jogar contra mim mesmo) ainda indefinido. Mas, certamente, é diferente. Beeem diferente.

Versão eletrônica do Jornal do Brasil. É o que sobrará

Agora, sim, ironia. Quem dá melhor a notícia do falecimento do JB impresso é aquele que tomou conta do mercado do Rio de Janeiro e adjacências. Acompanhe a reportagem d’O Globo, reproduzida no sítio de Ricardo Noblat. A seguir:

JB: apenas versão na internet

O “Jornal do Brasil”, um dos mais antigos do país – que teve a sua primeira edição impressa em 1891 -, vai deixar de circular.

A data para o fim da versão em papel será decidida entre amanhã (quarta) e quinta-feira, disse ontem o empresário Nelson Tanure, dono da marca.

Com dívidas estimadas em R$ 100 milhões e vendo a circulação despencar, Tanure tentou encontrar um comprador para o jornal. Sem sucesso na sua empreitada, decidiu manter o jornal só na internet.

– A decisão de acabar com o papel está sendo tomada esta semana. Teremos uma decisão na quarta-feira ou na quinta-feira. Provavelmente, seremos o primeiro jornal a estar apenas na internet. É algo que está acontecendo no mundo todo – disse Nelson Tanure.

Ontem (segunda), Tanure confirmou a saída de Pedro Grossi, que ocupava a presidência do “JB” há apenas quatro meses: – Eu demiti o Pedro Grossi porque ele era a favor de continuar no papel – disse…”

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