COLUNA OBSERVATÓRIO. “Se Schirmer não era Serra, hoje ninguém mais acredita”
O prefeito Cezar Schirmer recebeu carinhosamente o candidato a Presidente José Serra, do PSDB. Chegou a chamá-lo, segundo testemunhas oculares (e auriculares), de “Meu Presidente”. O colunista não tem dúvida: tratava-se apenas disto mesmo, um carinho. Nada de declaração de voto – inclusive porque a visita se deu no período pré-campanha.
Provavelmente receberá, se vier mesmo no final do mês, a candidata do PV, Marina Silva. Como também terá em seu gabinete, se aparecer por aqui, a candidata do PT, Dilma Rousseff. A questão é: também chamará a ambas de “Minha Presidente(a)”? Talvez. Talvez. Ou não.
Isso, porém, hoje pouco importa. Colou em Schirmer a história de que seu candidato é Serra. E nem mesmo a “imparcialidade ativa” de José Fogaça e a neutralidade oficialmente pregada pelo PMDB gaúcho conseguem esconder uma situação de fato: a maior parte dos peemedebistas de Santa Maria não esconde sua preferência pelo tucano. Isso se estampa em carros, “bottons” e outros artefatos de propaganda eleitoral.
Logo, queira ou não Schirmer, mesmo que se mantenha calado, se não era apoiador de Serra, como diria um amigo do colunista, “ficou sendo”.
Disso tudo, resta apenas uma pergunta: esse procedimento terá alguma conseqüência futura? Muito possivelmente, não. No entanto…
O Augusto, não precisa declarar voto ao Serra, pois o que faz com que tenha afinidade com ele, são suas atitudes. Basta ver como Augusto trata os espaços democráticos de participação e controle social. Busca na verdade é o “Controle do Social”, aparelhando conselhos e tentando alterar lei que faz com que seu poder seja inquestionável, inclusive seus equívocos administrativos e políticos. “Por que não te calas?” Talves seja a próxima pergunta do Augusto aos conselheiros de saúde.