COLUNA OBSERVATÓRIO. Um verdadeiro festival de pesquisas em SM. E daí? Daí, nada!

Todos estão interessados nela, a urna eletrônica. E as pesquisas são só uma parte do processo

O primeiro a falar em pesquisa, percebe-se hoje numa tentativa de respaldar sua decisão, foi o deputado federal Paulo Pimenta, integrante do trio de lideranças centrais do PT e possível concorrente à Prefeitura. O levantamento seria feito a partir de agosto, no máximo setembro.

Depois veio o levantamento publicado por A Razão, oportuna iniciativa do jornal, que mostrou a quantas anda, por exemplo, o pensamento da comunidade em relação à administração municipal e suas decorrências. Passou ao largo da intenção política. Mas acabou dando visibilidade ao que estava ocorrendo nos bastidores: uma intensa busca de informações sobre o que, de fato, pensa o eleitorado – e não os opiniáticos (este Observatório incluído, claro) – acerca do que ocorre na comuna.

Por coincidência, praticamente ao mesmo tempo, estava em curso a pesquisa (esta com nítida conotação eleitoral) feita pelo PMDB, investigando o próprio governo Cezar Schirmer e lançando questões cujas respostas terão que ser dadas no futuro próximo: quem serão os adversários, qual o melhor nome para vice-prefeito e vários outros etecéteras.

Pronto, virou febre. Agora, o que seria a pesquisa “do Pimenta” se transformou na “do PT”. Aliás, verdadeiro tiro no pé. Até os buracos que se proliferam nas ruas da periferia da cidade sabem o resultado: Valdeci Oliveira é o favorito dos petistas. Com um detalhe: nem atado ele concorre. Logo, o problema, se existe, só aumentará de tamanho.

E mais: o PDT se alça, e, “por determinação dos dirigentes estaduais” (como leu o colunista), fará seu próprio levantamento. Com que objetivo? Ora, cacifar (e é legítimo) Marcelo Bisogno como nome a ser apresentado, na eventualidade de sobrar vaga de vice na chapa governista.

Agora, a pergunta: a que levarão, objetivamente, as pesquisas feitas, em curso ou por acontecer? A lugar algum. Exceto pela comprovação interna das agremiações patrocinadoras, nada mudarão no status quo.

Isto é, Schirmer continuará candidato à reeleição, com José Farret de vice. Se este, improvavelmente, não quiser, outro nome do PP o substituirá. Ah, e o PT seguirá brigando, sabe-se lá até quando, para definir quem será candidato a prefeito. Se é que terá algum. E o PDT, bem, o PDT ganha mais visibilidade para alçar a própria campanha, que tem o objetivo de eleger dois ou três vereadores, mas ficará feliz se Bisogno conquistar vaga na Câmara.

O resto? É o resto. Só.