Tragédia

KISS. Investigação da Polícia Civil aponta indícios que reforçam poder de mando de irmã de sócio da boate

POR MAIQUEL ROSAURO

A Polícia Civil segue realizando investigações complementares sobre a tragédia na Boate Kiss, em 27 de janeiro. Todavia, a investigação não tem prazo para ser concluída. Novos indícios, confirmam a participação da irmã do sócio da boate na administração da empresa. Leia abaixo na matéria de Luiz Roese, publicada no site do Terra:

As investigações complementares da Polícia Civil de Santa Maria (RS) sobre a tragédia da Boate Kiss já levaram os delegados responsáveis pelo caso a uma conclusão: Ângela Crivellaro Becker, irmã de Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da casa noturna, tinha mesmo poder de mando e de veto. A apuração sobre a participação dela foi um dos pedidos feitos pelo Ministério Público (MP) na denúncia apresentada à Justiça.

Para o delegado Sandro Meinerz, os mais de 40 depoimentos desta fase de investigações reforçaram o que a Polícia Civil já havia apontado na conclusão do inquérito sobre a tragédia. Foram ouvidos funcionários da casa noturna e seguranças da empresa terceirizada que atuava no local. “Os depoimentos apontaram que a Ângela contratava e demitia. Foi ela, inclusive, que contratou a empresa de segurança. Tudo aponta, sim, que ela tinha poder de mando na boate”, disse Meinerz.

Quase todos que trabalharam sob o comando de irmã de Kiko também falaram que ela tinha conhecimento de todas as decisões tomadas em relação à Kiss. A mesma convicção não é mantida em relação a Marlene Teresinha Callegaro, mãe de Kiko. Ela e Ângela haviam sido indiciadas por homicídios qualificados com dolo eventual e tentativas de homicídio na conclusão do inquérito. Porém, as duas ficaram fora da denúncia do Ministério Público, que pediu mais investigações a respeito da participação de Marlene e Ângela.

Em relação a Marlene, nenhum fato novo apareceu nas investigações complementares. E é isso que a Polícia Civil deve passar ao Ministério Público. Em relação a Ângela, porém, os depoimentos dessa fase serão informados, e caberá ao MP avaliar se ela será denunciada ou não. A Polícia Civil também segue investigando, por requisição do MP, a empresa de segurança que prestava serviços para a Kiss, para saber de quem os profissionais obedeciam ordens, se eles receberam treinamento e quem cuidava da saída da boate.

Uma das intenções é esclarecer o incidente registrado na madrugada da tragédia, quando alguns seguranças teriam barrado a saída de algumas pessoas, exigindo que a comanda fosse paga. As investigações complementares estão a cargo dos delegados Sandro Meinerz, Marcos Vianna, Luiza Santos Sousa e Gabriel Zanella, a mesma equipe do inquérito da tragédia. Não há prazo para concluir o trabalho.

Quando as investigações forem concluídas, não serão feitos novos indiciamentos pela Polícia Civil. Os apontamentos serão enviados para os promotores, que aí decidirão se oferecem denúncia ou não. Depois que os pedidos do MP forem atendidos, a Polícia Civil passará a investigar se houve irregularidades na contratação de empresas que atuam na prevenção a incêndios em Santa Maria.

Clique aqui para ler a matéria completa no site do Terra.

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4 Comentários

  1. Uma pequena correção.
    Isto não foi uma tragédia.
    Foi um CRIME.
    Depois do inquérito policial isto ficou claro.
    Poderia ter sido evitado, mas pela omissão, interesses escusos e negligência da prefeitura isto não ocorreu.
    Tragédia é uma fatalidade, uma acidente.
    Mas o caso Kiss é um CRIME!!
    Assim deve ser tratado.

  2. Jaci informando o site!
    O comentário nem foi postado e deu para ver no facebook o Maiquel dando o link para o Claudemir.

  3. Desde a prisão de Kiko e Maurinho, muitas pessoas reclamaram do porque não prender as Sócias. Houve um preconceito ao contrário, tinham que ter prendido as MULHERES tambem. Elas ficaram soltas, por que? A mesma desculpa de prender Mauro deveria ter servido para prender as demais sócias, ao menos uma semana, para averiguar.

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